Análise epidemiológica da Covid-19 em indígenas aldeados do Espírito Santo

dc.contributor.advisor-co1Sales, Carolina Maia Martins
dc.contributor.advisor-co1IDhttps://orcid.org/0000-0002-2879-5621
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3613476296412930
dc.contributor.advisor1Maciel, Ethel Leonor Noia
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0003-4826-3355
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3761398932271892
dc.contributor.authorSiqueira, Priscila Carminati
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/
dc.contributor.authorLatteshttps://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee11º membro da banca
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/
dc.contributor.referee1Latteshttps://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee22º membro da banca
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/
dc.contributor.referee2Latteshttps://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee33º membro da banca
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/
dc.contributor.referee3Latteshttps://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee44º membro da banca
dc.contributor.referee4IDhttps://orcid.org/
dc.contributor.referee4Latteshttps://lattes.cnpq.br/
dc.date.accessioned2025-12-11T16:21:20Z
dc.date.available2025-12-11T16:21:20Z
dc.date.issued2025-09-24
dc.description.abstractIntroduction: Indigenous peoples are more vulnerable to illness and death from COVID 19, since infectious and parasitic diseases rank among the main causes of mortality in these populations, especially when compared to other ethnic and racial groups. This vulnerability is intensified by their collective way of life, cultural traditions that favor the spread of SARS-CoV-2 within communities, as well as social inequalities, difficulties in accessing health services, and the geographic locations of the villages. General objective: To analyze the epidemiology of COVID-19 among the Indigenous population living in villages in the state of Espírito Santo, from 2020 to 2024. Methods: This thesis is structured in the form of four scientific manuscripts, each with a specific objective. Accordingly, each manuscript adopts its own methodological procedures, which together comprise the overall research results and are presented in detail in the individual description of each product. Results: The scoping review initially identified 2,224 studies, resulting in a final sample of 47 publications. The countries with the largest number of studies were the United States, Brazil, and Mexico, with a concentration in 2021 (42.6%). A higher number of deaths was observed among Indigenous males over 60 years of age. The most prevalent comorbidities were cardiovascular diseases, diabetes, hypertension, and obesity. Incidence and mortality rates were higher among Indigenous peoples compared to other racial groups. The completeness analysis of COVID-19 notification forms for Indigenous villagers in Espírito Santo in 2020 showed “excellent” completeness (65.3%), although “very poor” completeness was found in 19.2% of the evaluated items, indicating that some variables in the forms had low data recording quality. The epidemiological profile analysis of the Indigenous population in Espírito Santo from 2020 to 2024 showed a cumulative incidence rate of 30,860.07 per 100,000 inhabitants, mortality rate of 118.09 per 100,000 inhabitants, and a case fatality rate of 0.38%. The highest concentration of COVID-19 cases in this population occurred in 2022, with a downward trend in the following years. Women (55.74%) and Tupiniquim individuals (92.28%) predominated, with the age group of 18–59 years (65.05%) and a mean age of 31.5 years. Deaths occurred in individuals aged ≥18 years, being more frequent among those aged ≥80 years (13.64%, p<0.001), with a mean age at death of 74 years. The highest incidences were recorded in the villages of Pau Brasil, Boa Esperança, and Caieiras Velha. The villages of Guaxindiba, Novo Brasil, and Olho d’Água reported no cases of the disease. The highest mortality and case fatality rates occurred in the village of Areal (395.25 per 100,000 inhabitants; 3.84%). Conclusion: Indigenous peoples present a complex and dynamic health profile, directly related to historical processes of social, economic, and environmental change, linked to the expansion and consolidation of demographic and economic frontiers of society across different regions of Brazil. Over the centuries, these frontiers have exerted significant influence on the determinants of Indigenous health, whether through the introduction of new pathogens causing severe epidemics, the usurpation of territories hindering or preventing subsistence, or the persecution and killing of individuals and even entire communities. Currently, other challenges to Indigenous health have emerged, such as chronic non-communicable diseases, environmental contamination, and food sustainability difficulties. Therefore, it is essential to implement public policies aimed at controlling risk factors within communities, expanding access to health services, and strengthening vaccination campaigns, in order to prevent new outbreaks of COVID-19 and other vaccine-preventable diseases in the villages
dc.description.resumoIntrodução: Os povos indígenas são mais vulneráveis a adoecer e morrer pela COVID 19, uma vez que as doenças infecciosas e parasitárias figuram entre as principais causas de óbito nessas populações, especialmente quando comparados a outros grupos étnicos e raciais. Essa vulnerabilidade é potencializada pelo modo de vida coletivo, pelas tradições culturais que favorecem a propagação do SARS-CoV-2 nas comunidades, além das desigualdades sociais, das dificuldades de acesso aos serviços de saúde e das localizações geográfica das aldeias. Objetivo geral: Analisar a epidemiologia da COVID-19 na população indígena aldeado do estado do Espírito Santo, no período de 2020 a 2024. Métodos: A presente tese está estruturada em formato de quatro manuscritos científicos, cada um com objetivo específico. Assim, cada manuscrito adota procedimentos metodológicos próprios, que compõem o conjunto dos resultados da pesquisa e serão apresentados de forma detalhada na descrição individual de cada produto. Resultados: A revisão de escopo identificou inicialmente 2.224 estudos, resultando em uma amostra final de 47 publicações. Os países com mais publicações foram EUA, Brasil e México, com concentração em 2021 (42,6%). Observou-se maior número de óbitos entre indígenas do sexo masculino com mais de 60 anos. As comorbidades mais prevalentes foram doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial e obesidade. Taxas de incidência e mortalidade foram maiores entre indígenas comparados a outras raças. A análise de completude das fichas de notificação de COVID-19 em indígenas aldeados do Espírito Santo no ano de 2020 demonstrou completude “excelente” (65,3%), porém identificou-se completude “muito ruim” em 19,2% dos itens avaliados, o que evidencia que alguns itens nos formulários apresentaram baixo padrão de registro dos dados. A análise do perfil epidemiológico da população indígena do Espírito Santo, nos anos 2020 a 2024, apresentaram uma taxa de incidência acumulada de 30.860,07/100 mil habitantes, mortalidade 118,09/100 mil habitantes e letalidade de 0,38%. A maior concentração de casos de COVID-19 nessa população no estado ocorreu em 2022, com tendência de queda nos anos seguintes. Predominaram mulheres (55,74%) e tupiniquins (92,28%), faixa etária 18–59 anos (65,05%), idade média 31,5 anos. Os óbitos ocorreram em ≥18 anos, mais frequentes em ≥80 anos (13,64%, p<0,001), idade média dos óbitos foram de 74 anos. Maiores incidências nas aldeias de Pau Brasil, Boa Esperança e Caieiras Velha. As aldeias Guaxindiba, Novo Brasil e Olho d’Água não apresentaram registros de casos da doença. A maior mortalidade e letalidade ocorreram na aldeia de Areal (395,25/100 mil habitantes; 3,84%). Conclusão: Os indígenas apresentam um quadro de saúde complexo e dinâmico, diretamente relacionado a processos históricos de mudanças sociais, econômicas e ambientais, atrelados à expansão e à consolidação de frentes demográficas e econômicas da sociedade nas diversas regiões do Brasil. Ao longo dos séculos, tais frentes exerceram importante influência sobre os determinantes da saúde indígena, seja por meio da introdução de novos patógenos, ocasionando graves epidemias; da usurpação de territórios, dificultando ou inviabilizando a subsistência; ou da perseguição e morte de indivíduos e até mesmo de comunidades inteiras. Atualmente, emergem outros desafios à saúde dos povos indígenas, como doenças crônicas não transmissíveis, contaminação ambiental e dificuldades de sustentabilidade alimentar. Dessa forma, é fundamental a adoção de políticas públicas voltadas ao controle dos fatores de risco nas comunidades, a ampliação do acesso dessa população aos serviços de saúde e o fortalecimento das campanhas de vacinação, a fim de prevenir novos surtos de COVID-19 e de outras doenças imunopreveníveis nas aldeias
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/20706
dc.languagepor
dc.language.isopt
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Saúde Coletiva
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.rightsembargoed access
dc.rights.urihttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectPovos indígenas
dc.subjectCOVID-19
dc.subjectEpidemiologia
dc.subjectIndigenous peoples
dc.subjectCOVID-19
dc.subjectEpidemiology
dc.subject.cnpqSaúde Coletiva
dc.titleAnálise epidemiológica da Covid-19 em indígenas aldeados do Espírito Santo
dc.typedoctoralThesis
foaf.mboxcarminatipri@gmail.com
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
EMBARGADO-RESTRITO.pdf
Tamanho:
268.92 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: