Ativismo de mulheres negras: o papel do racismo e da identidade social
dc.contributor.advisor1 | Moreira, Pollyana de Lucena | |
dc.contributor.advisor1ID | https://orcid.org/0000-0003-3783-0924 | |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/0557833834189770 | |
dc.contributor.author | Silva, Maiara da | |
dc.contributor.referee1 | Bonomo, Mariana | |
dc.contributor.referee1ID | https://orcid.org/0000-0002-3919-3976 | |
dc.contributor.referee1Lattes | http://lattes.cnpq.br/4087691008379051 | |
dc.contributor.referee2 | Viana, Hyalle Abreu | |
dc.contributor.referee2ID | https://orcid.org/0000-0003-4817-8839 | |
dc.contributor.referee2Lattes | http://lattes.cnpq.br/5509015792729672 | |
dc.date.accessioned | 2025-08-04T17:28:34Z | |
dc.date.available | 2025-08-04T17:28:34Z | |
dc.date.issued | 2025-03-21 | |
dc.description.abstract | This dissertation investigated the experience of Black women from the intersection of racism, sexism, and other oppressions, understanding racism as a contemporary structural social phenomenon and sexism as a subordinating social construct. The concepts of social identity and social activism were central to analyzing the overlap of race and gender, in conjunction with intersectionality. The overall objective of this research was to explore the relationship between activism and social identity among Brazilian Black women, with the aim of understanding whether social identity affects engagement in activist actions. A quantitative and qualitative methodology was adopted, with the participation of 219 Brazilian women (aged 1879 years). Data collection was conducted online through an electronic form, and took place from July to September 2024. The data collection instruments used were: Sociodemographic Questionnaire, Multidimensional In-group Identification Scale (MGIS), Mobilized Collective Identity Scale for Black Women (MCISBW), Black Community Activism Orientation Scale (BCAOS), and Questionnaire on Activism. In the quantitative analyses, Exploratory Factor Analyses and descriptive and inferential statistics (Pearson correlation and linear regression) were performed. Textual data were analyzed using IRaMuTeQ software, employing Descending Hierarchical Classification (DHC), and Content Analysis. The quantitative results revealed: a unifactorial structure for the EIS and for the MCISBW, and a bifactorial structure for the OABC; high endogroup identification (in the total sample and among activists), a high level of mobilized collective identity, and a strong orientation towards activism for the Black community and towards formal and low-risk political activism, as well as a moderate orientation towards high-risk activism. Activists showed higher endogroup identification, and formal and low-risk political activism presented a more pronounced orientation compared to high-risk activism. A moderate and positive correlation was identified between endogroup identification and mobilized collective identity, as well as positive and weak correlations between endogroup identification and both types of activism (high risk, and formal and low risk political activism). Additionally, a positive and weak correlation was observed between mobilized collective identity and high-risk activism, and a positive and moderate correlation between high-risk activism and formal and low-risk political activism. No significant linear correlation was found between mobilized collective identity and formal and low-risk political activism. Simple linear regression indicated that endogroup identification significantly predicted both mobilized collective identity and the two types of activism (formal and low-risk political activism, and high-risk activism), and that mobilized collective identity predicted high-risk activism. The analyses using DHC identified five classes of definitions of activism, six classes related to the influence of Black women's identity on activism, and six classes of motivations for activism. Content Analysis identified four categories of activist agendas and actions. In summary, this research confirmed the moderate and contextual influence of social identity on the activism of Black women, with the potential to contribute to scientific knowledge and to the development of racial equity and social justice policies in Brazil. | |
dc.description.resumo | Esta dissertação investigou a experiência de mulheres negras a partir da interseção entre racismo, sexismo e outras opressões, compreendendo o racismo como um fenômeno social contemporâneo estrutural e o sexismo como uma construção social subordinante. Os conceitos de identidade social e de ativismo social foram centrais para analisar a sobreposição de raça e gênero, em conjunto com o de interseccionalidade. O objetivo geral desta pesquisa foi explorar a relação entre ativismo e identidade social de mulheres negras brasileiras, com o intuito de compreender se a identidade social afeta o engajamento em ações ativistas. Adotou-se uma metodologia quantitativa e qualitativa, com a participação de 219 mulheres brasileiras (18-79 anos). A coleta de dados foi online por meio de um formulário eletrônico, e ocorreu de julho a setembro de 2024. Os intrumentos de coleta utilizados foram: Questionário sociodemográfico, Escala de Identificação Endogrupal (EIEG), Escala de Identidade Coletiva Mobilizada para Mulheres Negras (EICMMN), Escala de Orientação para o Ativismo para a Comunidade Negra (EOACN), e Questionário sobre ativismo. Nas análises quantitativas, foram realizadas Análises Fatoriais Exploratórias e estatísticas descritivas e inferenciais (correlação de Pearson e regressão linear). Os dados textuais foram analisados com o software IRaMuTeQ, utilizando a Classificação Hierárquica Descendente (CHD), e pela Análise de Conteúdo. Os resultados quantitativos revelaram: uma estrutura unifatorial para a EIEG e para a EICMMN, e uma estrutura bifatorial para a EOACN; alta identificação endogrupal (na amostra total e entre ativistas), nível elevado de identidade coletiva mobilizada e forte orientação para o ativismo para a comunidade negra e para o ativismo político formal e de baixo risco, além de uma orientação moderada para o ativismo de alto risco. As ativistas demonstraram maior identificação endogrupal, e o ativismo político formal e de baixo risco apresentou uma orientação mais acentuada em comparação ao ativismo de alto risco. Foi identificada uma correlação moderada e positiva entre identificação endogrupal e identidade coletiva mobilizada, bem como correlações positivas e fracas entre identificação endogrupal e ambos os tipos de ativismo (alto risco, e político formal e de baixo risco). Adicionalmente, observou se uma correlação positiva e fraca entre identidade coletiva mobilizada e ativismo de alto risco, e uma correlação positiva e moderada entre ativismo de alto risco e ativismo político formal e de baixo risco. Não se verificou correlação linear significativa entre identidade coletiva mobilizada e ativismo político formal e de baixo risco. A regressão linear simples indicou que a identificação endogrupal predisse significativamente tanto a identidade coletiva mobilizada quanto os dois tipos de ativismo (político formal e de baixo risco, e alto risco), e que a identidade coletiva mobilizada predisse o ativismo de alto risco. As análises por meio da CHD identificaram cinco classes de definições de ativismo, seis classes relacionadas à influência da identidade de mulher negra no ativismo, e seis classes de motivações para o ativismo. A Análise de Conteúdo identificou quatro categorias de pautas e ações ativistas. Em suma, esta pesquisa confirmou a influência moderada e contextual da identidade social no ativismo de mulheres negras, com potencial para contribuir para o conhecimento científico e para o desenvolvimento de políticas de equidade racial e justiça social no Brasil. | |
dc.format | Text | |
dc.identifier.uri | http://repositorio.ufes.br/handle/10/19966 | |
dc.language | por | |
dc.publisher | Universidade Federal do Espírito Santo | |
dc.publisher.country | BR | |
dc.publisher.course | Mestrado em Psicologia | |
dc.publisher.department | Centro de Ciências Humanas e Naturais | |
dc.publisher.initials | UFES | |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Psicologia | |
dc.rights | open access | |
dc.subject | Ativismo social | |
dc.subject | Identidade social | |
dc.subject | Psicologia social | |
dc.subject.cnpq | Psicologia | |
dc.title | Ativismo de mulheres negras: o papel do racismo e da identidade social | |
dc.type | masterThesis |