Prevenção da mastite bovina: intervenção extensionista no contexto da saúde única junto aos produtores de leite da região do Caparaó-ES

dc.contributor.advisor1Resende, Juliana Alves
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-5476-3754
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8223821041049149
dc.contributor.authorLacerda, Enrico Mariano Fioresi
dc.contributor.referee1Donatele, Dirlei Molinari
dc.contributor.referee2Ignacchiti, Mariana Drummond Costa
dc.date.accessioned2025-05-12T17:49:45Z
dc.date.available2025-05-12T17:49:45Z
dc.date.issued2025-02-26
dc.description.abstractBovine mastitis is the most prevalent disease in dairy herds, leading to significant economic losses due to reduced milk production and increased treatment costs. It affects animal health and compromises milk quality. Given these concerns, the present study aimed to assess the prevalence of mastitis in the Caparaó-ES region by identifying risk factors associated with its occurrence, determining the main etiological agents, and evaluating antimicrobial susceptibility profiles, while also proposing strategies for its prevention and control. To achieve this, a diagnostic questionnaire on Good Production Practices was administered in ten dairy farms, and the Dark Bottom Cup Test and California Mastitis Test (CMT) were conducted to screen for clinical and subclinical mastitis. Bulk tank milk samples were collected for compositional analysis, detection of antimicrobial residues, somatic cell count (SCC), standard plate count (SPC), and psychrotrophic bacterial count (PBC). Milk composition was analyzed using infrared spectroscopy, while SCC and antimicrobial residues were assessed with commercial test kits. Milk samples from infected quarters were cultured on selective media for bacterial growth, subjected to biochemical tests for species differentiation, and antimicrobial susceptibility was determined using the Kirby-Bauer disk diffusion method. The results indicated that most farms were associated with cooperatives and used bulk tanks for milk storage; however, they faced challenges in mastitis management and milk quality. Although all farms performed pre dipping, 30% did not implement post-dipping, and proper segregation of infected animals was lacking in 30% of the farms. Veterinary assistance was limited, with 40% of farms lacking specialized support, and water quality was a critical concern, as some farms showed microbial contamination. High SCC levels were observed in 60% of samples, and deviations in pH, non-fat solids, and density parameters indicated compromised milk quality, exacerbated by high bacterial counts, particularly mesophilic and psychrotrophic bacteria. The presence of antimicrobial residues was detected in 20% of the properties, with residues identified in the tank milk samples, posing a risk for antimicrobial resistance. Subclinical mastitis was more prevalent (44.2%) than clinical mastitis (1.8%), with farm-level prevalence varying significantly (up to 77.8%), and lower rates observed in farms with stricter hygiene and milking control practices. The most frequently isolated pathogens were Staphylococcus spp. (83%), Corynebacterium spp. (8,5%), and Enterobacterales (7,3%), with variations in antimicrobial susceptibility. High sensitivity was observed for gentamicin, florfenicol, and enrofloxacin, whereas aztreonam and ceftazidime showed higher resistance rates. These findings emphasize the necessity of preventive measures, such as stringent hygiene protocols, continuous monitoring, and prudent antimicrobial use, to mitigate the impact of mastitis on dairy production and One Health.
dc.description.resumoA mastite é a doença de maior prevalência em rebanhos bovinos leiteiros e causa extensas perdas econômicas pela redução na produção e aumento dos custos com tratamentos. Afeta a saúde animal e compromete a qualidade do leite. Diante disso, o presente trabalho objetivou avaliar a prevalência da mastite na região do Caparaó-ES, identificando os fatores de risco associados à sua ocorrência, principais agentes etiológicos e os perfis de susceptibilidade aos antimicrobianos, além de propor estratégias para a sua prevenção e controle. Para isso, foi aplicado um questionário diagnóstico sobre Boas Práticas de Produção em 10 propriedades leiteiras, e realizados os testes Caneca de Fundo Escuro e CMT (California Mastitis Test) para triagem de mastite clínica e subclínica. Amostras de leite do tanque de expansão foram coletadas para análise dos componentes, resíduos de antimicrobianos, Contagem de Células Somáticas (CCS), Contagem Padrão em Placas (CPP) e Contagem Bacteriana Psicrotrófica (CPP). Os componentes do leite foram analisados por espectroscopia de infravermelho, a CCS e a detecção de antimicrobianos foi realizada com testes comerciais. As amostras de leite de tetos positivos foram inoculadas em meios específicos para crescimento microbiano e submetidas a testes bioquímicos para diferenciação das espécies e a susceptibilidade antimicrobiana foi determinada pelo método de Kirby-Bauer. Os resultados mostraram que as propriedades analisadas, em sua maioria, estão vinculadas a cooperativas e utilizam tanques de expansão para armazenamento do leite, mas apresentam desafios no manejo da mastite e na qualidade do leite. Embora todas realizem o pré-dipping, 30% não adotam o pós-dipping, e a separação adequada de animais doentes ainda não é realizada em 30% das propriedades. A assistência veterinária é limitada em 40% dos casos, e a qualidade da água é um fator crítico, com algumas propriedades apresentando contaminação microbiológica. A CCS elevada em 60% das amostras e falhas nos parâmetros de pH, sólidos desengordurados e densidade indicam comprometimentos na qualidade do leite, agravados por altas contagens bacterianas, especialmente de mesófilos e psicrotróficos. A presença de resíduos de antimicrobianos foi detectada em 20% das propriedades, com resíduos identificados nas amostras de leite do tanque, representando risco de desenvolvimento de resistência aos antimicrobianos. A mastite subclínica foi predominante (44,2%), e sua prevalência variou entre propriedades (até 77,8%), sendo menor naquelas com melhores práticas de manejo. Os principais patógenos isolados foram Staphylococcus spp. (83%), Corynebacterium spp. (8,5%) e Enterobacterales (7,3%), com variações na susceptibilidade aos antimicrobianos, destacando a eficácia da gentamicina, florfenicol e enrofloxacina, e maior resistência a ceftazidima. Assim, a adoção de medidas preventivas, como higiene rigorosa, monitoramento contínuo e uso racional de antimicrobianos, é essencial para reduzir os impactos da mastite na produção leiteira e na Saúde Única.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/19455
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Ciências Veterinárias
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Agrárias e Engenharias
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
dc.rightsembargoed access
dc.subjectMastite bovina
dc.subjectQualidade do leite
dc.subjectResistência aos antimicrobianos
dc.subject.cnpqCiências Agrárias
dc.titlePrevenção da mastite bovina: intervenção extensionista no contexto da saúde única junto aos produtores de leite da região do Caparaó-ES
dc.typemasterThesis
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