O trabalho em grupo com adolescentes na Unidade de Saúde da Família: estratégia de promoção do desenvolvimento e ampliação da rede de apoio

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dc.contributor.advisor1Nascimento, Celia Regina Rangel
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8991787572306530
dc.contributor.authorAnna, Elisara Licia Sant
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0009-0004-5210-9566
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0226554451720889
dc.contributor.referee1Araujo, Flavia Pacheco de
dc.contributor.referee2Avellar, Luziane Zacche
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/8948015493681619
dc.date.accessioned2024-05-29T20:55:45Z
dc.date.available2024-05-29T20:55:45Z
dc.date.issued2023-09-29
dc.description.abstractThe Family Health Unit organizes healthcare services and reorients professional practices based on promoting the quality of life of the population, constituting an innovative proposal with technical, political, and administrative dimensions. These healthcare spaces should offer specific actions for adolescents, considering their demands and addressing issues beyond biological and behavioral risks. These changes in adolescent care require health promotion actions that: recognize adolescents as individuals in development within ever-changing social contexts; have the availability of human resources; involve a welcoming environment; promote the building of relationships and provide open dialogue with healthcare professionals. It is also observed that the Family Health Unit can be part of the social support network for adolescents by strengthening protective factors and minimizing their vulnerabilities. This study aimed to describe the role of an ongoing intervention project with adolescents developed at the Family Health Unit in strengthening the healthcare space as a support network for this audience and assess the contribution of this participation in the adolescents' life trajectories. In order to achieve the proposed objective, the research used a descriptive qualitative methodology based on listening to the participants' experiences. The research consisted of two groups of participants. The first group consisted of 30 young individuals who were involved in the project as adolescents from 2007 to 2019. The second group was composed of 7 professionals who were part of the team leading the adolescent intervention project. After invitations were extended, semi-structured interviews were individually conducted in person at the Family Health Unit with the participants who were part of the adolescent group. Interviews with professionals were conducted in a group format in person at the Family Health Unit. The collected data were qualitatively analyzed using a systematic content analysis method. Initially, a pre-analysis of the interview material with the participants from the first group was conducted. The contents were considered to address the research objectives. Categories were organized by grouping and synthesizing the following content: significant aspects and motivation regarding the group; most remembered topics and dynamics; group relationships; acquisitions: knowledge and personal transformations; participation in the group and its repercussions in other contexts; and assessments of the group. The analysis of the professionals' interviews occurred after organizing the interviews with the young participants. Thus, patterns were sought for groupings and the development of categories for professional interviews, complementing aspects identified by the adolescents. At the end of the analysis, the following categories were developed: The group as a space for listening and support; The group as a space for recognizing vulnerabilities; The group as a space for approaching the Family Health Unit. The main results indicated that the Family Health Unit promoted the development of competencies in adolescents and in their life trajectories. To achieve this development, the importance of group planning was highlighted, including the selection of topics that pique adolescents' interest, engagement-promoting dynamics, listening by professionals, meeting regularity, the number of participants, and peer education. It was also observed that the group facilitated an approach of adolescents to the Family Health Unit's services, contributing to it being a supportive space for adolescents to deal with vulnerabilities in their living context. In conclusion, this study has built a theoretical foundation to support health promotion proposals aimed at the adolescent population.
dc.description.resumoA Unidade de Saúde da Família organiza os serviços de saúde e reorienta as práticas profissionais baseadas na promoção da qualidade de vida da população, constituindo-se em uma proposta com dimensões técnica, política e administrativa inovadoras. Esses espaços de saúde devem ofertar ações específicas para os adolescentes, considerando as suas demandas e atuando para além dos problemas biológicos e de comportamento de risco. Estas mudanças na atenção ao adolescente exigem ações de promoção à saúde que: reconheçam o adolescente como uma pessoa em desenvolvimento e que está inserida em contextos sociais que estão sempre se modificando; tenham disponibilidade de recursos humanos; envolvam ambiente acolhedor; promovam construção de vínculo e proporcionem diálogo aberto com os profissionais de saúde. Verifica-se, ainda, que a Unidade de saúde da Família pode participar da rede de apoio social dos adolescentes ao fortalecer fatores protetores e ao minimizar as principais vulnerabilidades desses. O presente estudo objetivou descrever o papel de um projeto contínuo de intervenção com adolescentes desenvolvido na Unidade de Saúde da Família no fortalecimento do espaço de saúde como rede de apoio desse público e avaliar a contribuição dessa participação nas trajetórias de vida dos adolescentes. Com a finalidade de alcançar o objetivo proposto, a pesquisa utilizou uma metodologia qualitativa descritiva baseando-se na escuta das vivências dos participantes. A pesquisa foi composta por dois grupos de participantes, O primeiro grupo foi constituído por um público de 30 jovens que foram acompanhados no projeto enquanto adolescentes no período de 2007 a 2019. O segundo grupo foi formado por 7 profissionais integrantes da equipe de condução dos grupos no projeto de intervenção com adolescentes. O critério de inclusão dos participantes na categoria profissional de saúde foi: ter participado da equipe de condução do projeto ou ter contribuído como facilitador da dinâmica pelo menos em dois grupos, entre o período de início do projeto, em 2004, até 2019. A entrevista semi estruturada com os participantes que integraram o grupo dos adolescentes foi aplicada individualmente e no formato presencial na USF. Os dados coletados foram analisados qualitativamente por meio de uma técnica sistematizada de procedimentos, o método da análise de conteúdo. Em primeiro momento foi realizada a pré-análise do material das entrevistas com os participantes do primeiro grupo, agrupando-se as respostas em busca de padrões. Nas primeiras etapas de organização e análise do material, os conteúdos foram analisados buscando-se responder os objetivos da pesquisa. Posteriormente, categorias foram organizadas agrupando e sintetizando os seguintes conteúdos temáticos: Aspectos marcantes e motivação em relação ao grupo; Temas e dinâmicas mais lembrados; Relacionamento no grupo; Aquisições: conhecimentos e transformações pessoais; A participação no grupo e repercussões nas relações em outros contextos e Avaliações sobre o grupo. A análise das entrevistas dos profissionais ocorreu após a organização das entrevistas dos jovens. Assim, a busca de padrões para os agrupamentos e a elaboração das categorias das entrevistas dos profissionais foram organizados buscando-se complementar os aspectos identificados também pelos adolescentes. Ao final da análise foram elaboradas as seguintes categorias: O grupo como espaço de escuta e apoio; O grupo como espaço de reconhecimento das vulnerabilidades; O grupo como espaço de aproximação com a Unidade de Saúde. Como resultados principais verificou-se que a Unidade de Saúde da Família, com o trabalho no grupo de adolescentes, promoveu desenvolvimento de competências para os participantes, durante a adolescência e na trajetória de vida, por meio de conhecimentos adquiridos e transformações pessoais. Para alcançar esse desenvolvimento, destacam-se a relevância do planejamento do grupo, envolvendo a seleção de temas que despertem o interesse dos adolescentes, a preparação de dinâmicas que promovam engajamento, da escuta e o acolhimento dos profissionais, de forma afetiva e sem julgamentos. Além da organização da periodicidade dos encontros, da atenção ao número de integrantes e à promoção de uma interação harmônica e amistosa entre pares. Constatou-se também que o grupo propiciou uma aproximação do público adolescente com a Unidade de Saúde da Família, contribuindo para que a instituição fosse um espaço de apoio ao desenvolvimento dos adolescentes, dando suporte para lidarem com as situações de vulnerabilidades no contexto em que viviam. Conclui-se que o presente estudo construiu fundamentação teórica para apoiar propostas de ação na promoção de saúde voltadas para o público adolescente.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/12727
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Psicologia
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia
dc.rightsopen access
dc.subjectUnidade de Saúde da Família
dc.subjectAdolescentes
dc.subjectRede de apoio
dc.subject.cnpqPsicologia
dc.titleO trabalho em grupo com adolescentes na Unidade de Saúde da Família: estratégia de promoção do desenvolvimento e ampliação da rede de apoio
dc.typemasterThesis
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