Prospecção do uso do óleo vegetal da semente de guanandi (Calophyllum brasiliense) como bioinsumo para uso farmacêutico

dc.contributor.advisor-co1Giuberti, Cristiane dos Santos
dc.contributor.advisor-co1IDhttps://orcid.org/0000-0002-0560-8731
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3644255863698492
dc.contributor.advisor1Villanova, Janaína Cecília Oliveira
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0001-6166-1724
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4226187656439843
dc.contributor.authorCunha, Gabriel Mendes da
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0003-0548-6110
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2430534515507507
dc.contributor.referee1Tavares, Guilherme Diniz
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0001-6276-0994
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3891648050868116
dc.contributor.referee2Severi, Juliana Aparecida
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0001-7516-2395
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/4265400222421660
dc.date.accessioned2025-07-10T18:06:57Z
dc.date.available2025-07-10T18:06:57Z
dc.date.issued2024-11-14
dc.description.abstractThe guanandi tree (Calophyllum brasiliense) is frequently utilized for reforestation of riparian forests and for obtaining high-quality wood. In recent years, its potential therapeutic benefits have been increasingly investigated. However, to date, there are no reports on the use of guanandi seed vegetable oil (GSGO) as an emollient in pharmaceutical formulations. Emollients are essential for skin hydration, as they form an occlusive barrier that helps retain natural moisture while improving softness and elasticity. The primary objective of this study was to assess the feasibility of using GSGO as an emollient in creams, partially or entirely replacing synthetic emollients such as liquid petrolatum and isopropyl myristate. Initially, the identification of key bioactive components and the physicochemical characterization of GSGO were performed through analyses of pH, spreadability, relative density, optical rotation, acid value, saponification value, and peroxide value. Subsequently, in vitro cytotoxicity and wound healing potential were investigated. Following these analyses, GSGO was incorporated into eight formulations at concentrations of 5% and 10% w/w, replacing synthetic emollients either partially or entirely. The formulations were visually characterized and subjected to thermal and mechanical stress tests for preliminary stability assessment. Among the eight formulations, four showed no signs of alteration. These formulations, containing 10% w/w GSGO, were selected for further study. The selected formulations were stored under different conditions (room temperature, refrigeration, and incubation) for evaluations at 24 hours (T0), 30 days (T1), and 60 days (T2). Macroscopic and microscopic analyses, thermal and mechanical stress tests, heating/cooling cycles, pH measurement, droplet size determination, texture profiling, and occlusive capacity assessments were conducted. Fatty acids accounted for 95% of the lipidic material, with profiles consistent with literature data. The relative density was comparable to other vegetable oils, exhibiting high viscosity and low spreadability. A saponification value close to 200 confirmed the presence of higher molecular weight fatty acids. Cytotoxicity tests indicated no toxic effects on fibroblasts, and the bioactive material promoted cell proliferation and significant reduction of wound area compared to untreated areas. GSGO did not exhibit antimicrobial activity against the tested strains at the applied concentrations. Analysis of the creams revealed stable emulsion systems with a slightly yellowish coloration and increased consistency after 24 hours. Microscopic evaluation showed well-dispersed spherical droplets without aggregation, phase separation, creaming, or flocculation. Based on these findings, one formulation was selected for wound healing research in an animal model, following approval by the Ethics Committee (CEUA protocol 012/2020). The selected formulation, containing 10% w/w GSGO (Anionic Base 2), fully replacing liquid petrolatum and isopropyl myristate, demonstrated wound area contraction in rats comparable to formulations containing allantoin, with and without the bioactive material. These findings support the feasibility of GSGO as an emollient. Overall, the results suggest that cold-pressed, unrefined guanandi seed vegetable oil obtained from naturally fallen fruits in the environment holds promise as a novel bioactive ingredient with emollient properties for pharmaceutical use, exhibiting moisturizing and wound-healing potential.
dc.description.resumoO guanandi (Calophyllum brasiliense) é uma árvore frequentemente explorada para o reflorestamento de matas ciliares e para a obtenção de madeira de alta qualidade. Nos últimos anos, seus potenciais benefícios terapêuticos têm sido cada vez mais investigados. No entanto, até o momento, não existem relatos sobre o uso do óleo vegetal das sementes de guanandi (OVSG) como emoliente em formulações farmacêuticas. Os emolientes são essenciais para a hidratação da pele, pois formam uma barreira oclusiva que ajuda na retenção da umidade natural, além de melhorar a maciez e elasticidade. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a viabilidade do uso do OVSG como emoliente em cremes, substituindo parcial ou totalmente emolientes sintéticos como a vaselina líquida e o miristato de isopropila. Inicialmente, foi realizada identificação dos componentes de interesse no bioinsumo e a caracterização físico química do OVSG mediante realização dos ensaios de pH, espalhabilidade, densidade relativa, rotação óptica, índice de acidez, índice de saponificação e índice de peróxidos. Em seguida, a citotoxicidade e a capacidade cicatrizante foram pesquisadas in vitro. Após análises, o OVSG foi utilizado na preparação de oito formulações, nas quais foi adicionado nas concentrações de 5% e 10% p/p, substituindo parcial ou totalmente emolientes sintéticos. As formulações foram caracterizadas visualmente e submetidas a ensaios de estresse térmico e mecânico para avaliação preliminar da estabilidade. Das oito formulações, em quatro não foram observados sinais de alterações e estas, contendo o OVSG a 10% p/p, foram selecionadas para a continuidade do estudo. As formulações eleitas foram armazenadas sob diferentes condições (temperatura ambiente, refrigeração e estufa) para avaliação nos tempos 24 horas (T0), 30 dias (T1) e 60 dias (T2). Foram realizadas análises macro e microscópicas, ensaios de estresse térmico e mecânico, ciclo aquecimento/resfriamento, pH, diâmetro das gotículas, perfil de textura e capacidade oclusiva. Foram identificados ácidos graxos que correspondem a 95% do material lipídico, com perfis semelhantes à literatura. A densidade relativa foi comparável a outros óleos vegetais, com alta viscosidade e baixa espalhabilidade. O Índice de Saponificação próximo a 200 confirmou a presença de ácidos graxos de maior massa molar. Os testes de citotoxicidade, não indicaram efeitos tóxicos sobre fibroblastos, e o bioinsumo promoveu proliferação celular e redução significativa da área da lesão em comparação com áreas não tratadas. O OVSG não demonstrou atividade antimicrobiana frente às cepas testadas nas concentrações utilizadas. As análises dos cremes evidenciaram sistemas emulsionados estáveis, com coloração levemente amarelada e aumento de consistência após 24 horas. A microscopia mostrou a presença de gotículas esféricas bem dispersas, sem aglomeração ou separação de fases, cremagem ou floculação. A partir dos resultados destas análises, foi eleita uma formulação para pesquisa da atividade cicatrizante em modelo animal, mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (protocolo CEUA 012/2020). A formulação eleita, preparada a partir do OVSG a 10% p/p (Base Aniônica 2), em substituição total à vaselina líquida e ao miristato de isopropila, apresentou resultados de retração da área de lesões induzidas em ratos semelhantes aos observados para formulações contendo alantoína, sem e com o bioinsumo, demonstrando a viabilidade do seu uso como emoliente. A partir dos resultados é possível concluir que o óleo vegetal das sementes de guanandi obtido por prensagem a frio não refinado, proveniente de frutos naturalmente depositados no meio ambiente, é promissor para o uso como um novo bioinsumo com atividade emoliente para uso farmacêutico, com potencial hidratante e cicatrizante.
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/19908
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Ciências Farmacêuticas
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
dc.rightsembargoed access
dc.subjectEmoliente
dc.subjectHidratação
dc.subjectAtividade cicatrizante
dc.subject.cnpqFarmácia
dc.titleProspecção do uso do óleo vegetal da semente de guanandi (Calophyllum brasiliense) como bioinsumo para uso farmacêutico
dc.typemasterThesis
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