EDUFES - E-Livros
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A EDUFES tem como objetivo a publicação de livros técnicos e científicos de destacada relevância, produzidos por professores, estudantes e técnicos administrativos da Ufes, que multiplicam a produção acadêmica da Universidade Federal do Espírito Santo, contribuindo para a difusão do conhecimento.
A Editora da Ufes é uma unidade vinculada à Superintendência de Cultura e Comunicação da Universidade Federal do Espírito Santo. Criada em 1995, tem sua produção definida por um Conselho Editorial formado por representantes de todos os Centros de Ensino da Ufes, que se reúne periodicamente para análise dos originais recebidos.
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- ItemA partilha da cidade : a arquitetura e urbanismo entre desejos e simulacros(Edufes, 2025) Almeida, Lutero PröscholdtEsta pesquisa surge da nebulosidade do período que estamos passando. Em tempos em que a opinião pública é moldada pela pós-verdade, cujos fatos já não tem poder de influência. Este Livro tenta entender quem conduz o território da cidade: quem “parte” o território? Ele é realmente “partilhado”? O grande problema de apreender as partilhas na cidade seria entender a multiplicidade que a torna nebulosa, logo, talvez se trate de um problema de outra natureza, talvez seja um problema de representação/interpretação. A hipótese aqui defendida é que a arquitetura e urbanismo está condicionada em simulacros, cujas intenções são simuladas de forma favorecer “partes” específicas. Portanto, existem infinitas possibilidade de simulacro: o simulacro da economia (oikocidade) favorece um Estado econômico déspota, o simulacro do especialista favorece a perda da participação nas cidades, e o simulacro da heterotopia transformou a cidade em cidades cenários. Por outro lado, existe a força dúbia do desejo que preenche e desarticula simulacros.
- ItemLinguagem, pensamento e poesia : leituras de João Cabral de Melo Neto e de João Guimarães Rosa(Edufes, 2025) Pessoa, Fernando MendesO livro consiste em uma coletânea de seis ensaios, escritos ao longo de vários anos, sendo um de introdução, que apresenta a questão da linguagem a partir do diálogo entre pensamento e poesia, e os outros cinco divididos em duas partes: I. Corpo, faca e crítica em João Cabral de Melo Neto, composto por três ensaios: o primeiro, intitulado Leitura de Escritos com o corpo, propõe uma interpretação do poema Escritos com o corpo, publicado originalmente em Serial; o segundo, com o título A virtude das obsessões – ou serventia das ideias fixas, faz uma interpretação do poema Uma faca só lâmina, publicado originalmente em Duas águas (esses dois ensaios ganharam o Prêmio Literário 2017 da Fundação Cultural do Pará, na modalidade de crítica literária.); e o terceiro, com o título A linha da mão esquerda: João Cabral crítico de Joan Miró, apresenta as leituras que Cabral fez da pintura de Miró, tanto em seu texto em prosa Joan Miró, quanto em sua poesia O sim contra o sim, publicada originalmente em Serial. II. Destino e liberdade em João Guimarães Rosa, composto por dois ensaios: o primeiro, intitulado Da travessia do grande sertão e o destino de Riobaldo, propõe uma interpretação de Grande sertão: veredas, a partir das questão do destino; e o segundo, com o título A hora da liberdade de Augusto Matraga, faz uma leitura do conto A hora e vez de Augusto Matraga, publicado na obra Sagarana.
- ItemNarrativas sobre a morte violenta: costuras e amarrações(Edufes, 2025-06) Bispo, Fábio Santos; Mollica, MarianaEste livro é fruto da pesquisa Narrativas sobre a morte violenta: análises teóricas e clínicas de abordagem psicanalítica (Edital CNPq/FAPES nº 22/2018), em conexão com outros grupos que pesquisam a violência no Brasil a partir da psicanálise. Abordamos distintas formas de amarrações subjetivas e sociais em torno dos traumas e estragos que a morte violenta ocasiona no tecido social. Existem narrativas que perpetuam e legitimam as mortes de muitas pessoas e comunidades, situadas social e subjetivamente como alvos das mais diversas violências: desde a violência mortífera operada diretamente pelo Estado, até as mortificações simbólicas produzidas por discursos racistas e sexistas, que também matam jovens negros, mulheres, pessoas trans e outras. Com a psicanálise, destacamos o gozo engendrado na repetição e perpetuação dos laços de violência. Também escutamos o outro lado: as narrativas recalcadas ou silenciadas, que dão notícia das histórias, trajetórias e laços daqueles que são mortos violentamente. A composição do livro retrata as diferentes perspectivas de trabalho: na primeira seção, os textos priorizam um debate epistemológico que contempla contribuições metodológicas e políticas para a utilização das narrativas na pesquisa sobre a morte violenta. Na segunda seção, reunimos artigos que realizam análises críticas de narrativas hegemônicas, responsáveis por sustentar a naturalização social e subjetiva das violências. A última seção inclui trabalhos que destacam usos subversivos da linguagem, trazendo à tona uma outra perspectiva das narrativas, aquela que implica um trabalho de elaboração, intervenção e de resistência contra a violência. Esta coletânea nos mostra que o trabalho com as narrativas, orientado pela psicanálise, tem o potencial de abarcar direito e o avesso da incidência da linguagem nas possibilidades que temos de conhecer, transmitir e intervir no cenário de morte violenta que atinge a população brasileira.
- Item(Im)polidez e emoção : ferramentas argumentativas no texto jurídico(Edufes, 2024) Silva, Araceli Covre daEsta obra resulta de um estudo sobre a (des)construção de face dos atores sociais, protagonistas que participam das peças processuais petição inicial, contestação e réplica à contestação, gêneros que circulam na esfera jurídica, objetos de análise desta pesquisa. O objetivo da pesquisa foi analisar a construção e a desconstrução de face das partes processuais e isso possibilitou-nos refletir sobre como a construção positiva ou negativa da face do requerente e do requerido pode contribuir para a produção de um discurso argumentativo. Tal reflexão embasou-se sobre quatro vertentes teóricas: (1) a Teoria dos Atos de Fala, cujo precursor foi Austin (1990 [1962]); (2) a teoria da Elaboração da Face, proposta por Goffman (1985 [1975], 2011[1965]); (3) a Teoria da Polidez, de Brown e Levinson (1987[1978]); e (4) a teoria das Emoções, de Micheli (2010) e Plantin (2011). As três primeiras circunscrevem-se no domínio da Pragmática e permite evidenciar a linguagem como forma de ação na medida em que, por meio dela, o falante cria uma imagem de si e do outro tendo em vista interesses e intenções do ato comunicativo. O desejo de ganhar uma causa é a mola propulsora do processo de comunicação no âmbito jurídico. Para conseguir a adesão do interlocutor, o falante, além da criação de faces positivas e negativas, aciona formas de linguagem que provoquem reações emocionais diversas no ouvinte. A teoria das emoções entra nesse jogo de linguagem como forma de o falante provocar emocionalmente o seu ouvinte em uma determinada situação. Dessa forma, as bases teóricas elencadas, aplicadas aos excertos extraídos das peças processuais, mostram que a seleção dos atos de fala, as escolhas léxicas presentes nesses atos traduzem-se em violência verbal na desconstrução de face contribuindo para o processo argumentativo no texto jurídico. Os excertos apresentados na análise, em respeito à ética em pesquisa, preservam a identidade das partes processuais, pois os processos utilizados para o estudo tramitaram em segredo de justiça. O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa desta Universidade. O estudo comprovou que a (des)construção de face é uma estratégia argumentativa para a produção de peça jurídicas.
- ItemJoca e o labirinto: abeiramentos e hibridação entre vídeo e literatura(Edufes, 2025-05) Alvarez, Fernando GómezPara dar a conhecer, no Brasil, a obra de um dos desbravadores obliterados do realismo mágico na literatura hispano-americana do século XX, destaca-se o capítulo dedicado ao escritor galego-cubano Lino Novás Calvo, autor do conto “La noche de Ramón Yendía”, que inspirou o roteiro videográfico que se apresenta neste livro. Propõe-se uma adaptação para vídeo do que é considerado, pela crítica, um ícone da translação das técnicas cinematográficas à literatura; as imagens e a ausência de falas são o principal incentivo para perfazer o caminho inverso: incursionar na literatura povoando a história de coprotagonistas, para imaginar as falas, recriar fatos e devanear com as interações possíveis do protagonista com seu contexto. A escrita e reescrita do roteiro — a decupagem técnica — apresentam-se como um continuum temporal, no qual as imagens — o storyboard — assumem uma importância capital, retroalimentando e modificando a escrita, em função dos estalos criativos durante a sua elaboração.