(In)visibilização dos saberes de povos Afrikanos e de matriz afrikana : uma discussão sobre a decolonização curricular

dc.contributor.advisor1Amorim, Cleyde Rodrigues
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0001-9669-2459
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.authorNdjungu, Abraão Nicodemos Chanhino
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0009-0007-7791-685X
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee1Oliveira, Osvaldo Martins de
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee2Oliveira, Otair Fernandes de
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/
dc.date.accessioned2024-11-04T15:07:04Z
dc.date.available2024-11-04T15:07:04Z
dc.date.issued2024-09-20
dc.description.abstractThis research, titled ”(In)visibility of the knowledge of Afrikan matrix peoples: a discussion on curriculum decolonization,” aims to discuss how the knowledge of traditional Afrikan matrix populations relates to schools. We begin by examining the applicability of teaching Afro Brazilian History and Culture in schools, as established by Law 10.638-203 and the LDB, which call for the construction of an inclusive, anti-racist school that confronts colonialities—topics that should be considered in the process of curriculum development and in the Pedagogical Political Project (PPP). We engage with authors such as Fanon (2008), Oyewúmí (2002), Grosfoguel (2016), Noguera (2012), Santos (2006), Gomes (2013), (2014), and (2020), and Mbembe (2018), emphasizing that the epistemic racism present in the school curriculum ignores the knowledge of Afrikan diaspora students and teachers. Thus, we aim to broaden the debate on confronting racism and racial and epistemic inequality in schools, promoting emancipatory education connected to traditions present in Afro-Brazilian cultural spaces such as terreiros and quilombos, and fostering the production of Afrikan and Afro-diasporic intellectuality. This discussion helps to unveil the myth of racial democracy present in the formal curriculum, which promotes the exclusion and invisibility of the history and knowledge of these groups that have been historically erased from textbooks and schools, both physically and symbolically. The research was conducted in two elementary schools in the municipalities of Serra and Vila Velha, exclusively with teachers and in Afrikan matrix territories, involving priests, temple workers, and parents of Afrikan matrix students. The aim was to understand their perspectives on how the curriculum excludes and erases the identities of these students, and whether, in their view, it addresses or invisibilizes Afrikan bodies, their cultural demands, and how schools perceive traditional Afrikan matrix knowledge, as confirmed by Law 10.639- 2003. The study used qualitative empirical research methodology with a decolonial approach, employing the method of observation-intervention in a dialogical perspective. As Afrikan traditions demonstrate, there is no separation between the elements of society, thus there is a direct relationship between the researcher and the object being researched. Through narratives and writing-experiences, the study proposes new perspectives and possibilities of existence, re existence, and epistemic insurgency. Data collection was conducted with two Candomblé priestesses, both of whom are also educators, parents of students who attend the same temple, and seven teachers from two public schools in the municipality of Vila Velha. The results were analyzed based on the theoretical framework used, demonstrating how traditional Afrikan matrix knowledge can be powerful tools for propagating knowledge and affirming the Afrikan matrix identity in Brazil
dc.description.resumoEsta pesquisa, intitulada “(In)visibilização dos saberes de povos de matriz afrikana: uma discussão sobre a decolonização curricular” se propõe a discutir sobre como os saberes das populações tradicionais de matriz afrikana se relacionam com a escola. Partimos da aplicabilidade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira na escola, conforme estabelecido pela Lei 10.638-203 e na LDB, que apontam para a construção de uma escola inclusiva, antirracista e de enfrentamento as colonialidades, temas que deveriam constar no processo de elaboração do currículo escolar, e no Projeto Político Pedagógico (PPP). Dialogamos com Fanon (2008), Oyewúmí (2002), Grosfoguel (2016), Noguera (2012), Santos (2006), Gomes (2013), (2014) e (2020), Mbembe (2018), enfatizando que o racismo epistêmico presente no currículo escolar, ignora saberes de estudantes e professores afrikanos da diáspora, e com isso objetivamos ampliar o debate sobre: o enfrentamento do racismo e da desigualdade racial e epistêmica na escola; a promoção de uma educação emancipatória ligada às tradições presentes nos terreiros e quilombos; a produção da intelectualidade afrikana e afrodiaspóricas. Essa discussão contribui para desnudar o mito da democracia racial presente no currículo formal, que promove a exclusão e a invisibilização da história e dos saberes inerentes a esses grupos historicamente apagados dos livros e da escola, física ou simbolicamente. A pesquisa foi realizada em duas escolas de ensino fundamental, nos municípios de Serra e de Vila -Velha exclusivamente com professores e em território de matriz afrikana, com sacerdotes, trabalhadores da casa e pais de alunos de matriz afrikana, a fim de entendermos seus posicionamentos como currículo exclui e aniquila a identidades desses alunos, e se na percepção deles ele atende ou invisibiliza corpos afrikanos e suas subjetividades, suas demandas culturais e como a escola enxerga os saberes tradicionais de matriz afrikana confirmadas pela da Lei 10.639-2003. Como aporte teórico-metodológico do estudo, utilizaremos a metodologia de pesquisa qualitativa empírica com uma abordagem decolonial, empregando o método de observ(ação) intervenção na perspectiva dialógica. Uma vez que entendemos que conforme é demonstrado nas tradições afrikanas, não existe separação entre os elementos de uma sociedade, logo existe uma relação direta entre pesquisador e objeto que se pesquisa, propondo assim por meio de narrativas e escrevivências, outras novas perspectivas e possibilidades de existência, de (re)existência e de insurgência epistêmica. A coleta de dados foi realizada com duas mães de santo, ambas do Candomblé, sendo que uma é professora/pedagoga, com pais de alunos que frequentam o mesmo templo e com 7 professores e em duas escolas pública do município de Vila Velha. Os resultados foram analisados tendo como base o referencial teórico utilizado, demonstrando como os saberes tradicionais de matriz afrikana podem ser ferramentas potentes de propagação do conhecimento, de afirmação e formação da identidade de matriz afrikana no Brasil
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/18108
dc.languagepor
dc.language.isopt
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado Profissional em Educação
dc.publisher.departmentCentro de Educação
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação de Mestrado Profissional em Educação
dc.rightsopen access
dc.subjectDiversidade Étnico-Racial
dc.subjectDecolonização do Currículo
dc.subjectSaberes de Matriz Afrikana
dc.subjectRacismo Epistêmico
dc.subjectEpistemicídio
dc.subjectEpistemologia Afrikana
dc.subject.cnpqEducação
dc.title(In)visibilização dos saberes de povos Afrikanos e de matriz afrikana : uma discussão sobre a decolonização curricular
dc.title.alternativeInvisibilização dos saberes de povos Afrikanos e de matriz afrikana : uma discussão sobre a decolonização curricular
dc.typemasterThesis
foaf.mboxpedagogo.ndjungu@gmail.com
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