As transições de carreira de mulheres: a experiência do trabalhar e as barreiras de carreira

dc.contributor.advisor1Silva, Priscilla de Oliveira Martins da
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000000229226607
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7158091678487373
dc.contributor.authorBerzin, Juliana
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0003-1574-2616
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8320903527270390
dc.contributor.referee1Ribeiro, Marcelo Afonso
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2180690229666836
dc.contributor.referee2Silva, Lígia Carolina Oliveira
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0002-7487-9420
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/8025093926934189
dc.contributor.referee3Andrade, Alexsandro Luiz de
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000-0003-4953-0363
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/8562677684241404
dc.contributor.referee4Amaro, Rubens de Araujo
dc.contributor.referee4IDhttps://orcid.org/0000000341833562
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/7808207241810280
dc.date.accessioned2024-05-30T01:40:58Z
dc.date.available2024-05-30T01:40:58Z
dc.date.issued2022-09-23
dc.description.abstractThe changes in the world of work in the 21st century configure a reality of globalization and technological innovation, marked by the flexibilization and precariousness of work. Unpredictability and discontinuity characterize the new work relationships between individuals and organizations, making them less defined and stable. In a scenario of redefined work, transitions and choices throughout a career are amplified and the attention turns to the individual inserted in his/her context. The focus then broadens to those excluded from traditional career studies, including gender-related barriers. Thus, this thesis aims to analyze the experience of working and the career transition of women with different levels of professional qualification, from the perspective of Relational Theory of Working and The Psychology of Working Theory. The theories together allow a complementary analysis of the phenomenon, since the Relational Theory of Work conceptualizes work as part of a relational and contextualized experience, encompassing all areas of life, emphasizing the relational aspects of women's careers. Work Psychology, on its turn, proposes an understanding of the barriers to decent work and proposes the analysis of gender as a determining factor, emphasizing the level of choices and career volition. A qualitative, descriptive, multiple-case study was conducted. We interviewed women between 25 and 49 years old, with a history of career transition in their professional trajectory in the last five years, living in the South and Southeast regions, divided into two groups. In the first group we interviewed women with a professional profile with higher education (university education and graduate studies) and in the second group we interviewed women with a professional profile non-higher education group. In each group 12 women were interviewed, according to data saturation criteria. The narrative-episodic interview was used and the data analysis procedure was carried out by means of thematic categorical content analysis. The analysis of the results suggests that the gender dimension is essential to the understanding of women's careers and the experience of working, the differences between the different profiles are related to the higher level of resources to face the challenges, including the necessary social support. Career transitions are present in the interviews, with shorter cycles observed in the group without professional training, and career adaptability is a fundamental psychosocial resource for the development of new strategies. Gender-related barriers represent challenging obstacles, being a conditioning factor for working, even determining the limits of women's careers. Despite the difficulties, volition as a perception of choice is present and the need for self-determination is what motivates women's career transition. The relational aspects inside and outside of work, as interconnected dimensions, are expressed by the social connection to work and the social support needed for women's career development. At work, when professional relationships are supportive, they are a source of learning and opportunity and a sense of belonging. The broader relational context involves the family, present in the decisions, especially after motherhood. We conclude that decent work in the experience of women is characterized as an ideal to be reached, with attributes peculiar to the Brazilian context. The constant movement based on the need to reinvent oneself, to build new alternatives, to eliminate suffering at work, points to a transformation of what is possible towards the desired ideal. In this way, besides being relational, working is in a constant movement of adaptability, with the goal of experiencing well-being and fulfillment at work.
dc.description.resumoAs mudanças no mundo do trabalho no século XXI configuram uma realidade de globalização e inovação tecnológica, marcada pela flexibilização e precarização do trabalho. A imprevisibilidade e a descontinuidade marcam as novas relações de trabalho entre os indivíduos e as organizações, tornando-se menos definidas e estáveis. Em um cenário de redefinição do trabalho, as transições e escolhas ao longo da carreira se ampliam e o olhar se volta ao indivíduo inserido em seu contexto. O enfoque então se amplia para aqueles excluídos dos estudos de carreira tradicionais, incluindo as barreiras relacionadas ao gênero. Dessa forma, a presente tese tem como objetivo compreender a experiência do trabalhar e a transição de carreira de mulheres com diferentes níveis de qualificação profissional, sob a ótica das teorias Psicologia Relacional do Trabalho e Psicologia do Trabalhar. As teorias em conjunto permitem uma análise complementar ao fenômeno, na medida em que a Teoria do Trabalho Relacional concebe o trabalho inserido em uma experiência relacional e contextualizada, abrangendo todos os domínios da vida, privilegiando os aspectos relacionais da carreira de mulheres. Já a Psicologia do Trabalhar propõe o entendimento das barreiras relativas ao trabalho decente e propõe a análise do gênero como um fator determinante, enfatizando o nível de escolhas e a volição na carreira. Realizou-se um estudo qualitativo e descritivo com casos múltiplos. Foram entrevistadas mulheres de 25 a 49 anos, com histórico de transição de carreira em sua trajetória profissional nos últimos cinco anos, residentes nas região Sul e Sudeste, divididas em dois grupos. No primeiro grupo foram entrevistadas mulheres com perfil profissional com formação de nível superior (formação superior e pós-graduação) e no segundo grupo foram entrevistadas mulheres com o perfil profissional sem formação superior. Em cada grupo 12 mulheres foram entrevistadas, conforme critério de saturação dos dados. Foi empregada a entrevista narrativaepisódica e o procedimento de análise de dados ocorreu por meio da análise de conteúdo categorial temática. A análise dos resultados sugere que a dimensão gênero é essencial para a compreensão da carreira de mulheres e a experiência do trabalhar. Além disso, permite verificar que as diferenças entre os variados perfis estão relacionadas ao maior nível de recursos para enfrentar os desafios, incluindo o suporte social necessário. As transições de carreira estão presentes nos relatos, com ciclos mais curtos observados no grupo sem formação superior, sendo a adaptabilidade de carreira um recurso psicossocial fundamental para o desenvolvimento de novas estratégias. As barreiras relacionadas ao gênero representam obstáculos desafiadores, sendo um condicionante para o trabalhar, determinando inclusive os limites das carreiras das mulheres. Apesar das dificuldades, a volição enquanto percepção de escolha, está presente e a necessidade de autodeterminação é o que motiva a transição de carreira das mulheres. Os aspectos relacionais dentro e fora do trabalho, como dimensões interconectadas, se expressam pela conexão social com o trabalho e o suporte social necessários para o desenvolvimento da carreira de mulheres. No trabalho, quando as relações profissionais apoiam, são fonte de aprendizado e oportunidade e senso de pertencimento. Já o contexto relacional mais amplo envolve a família, presente nas decisões como um todo, em especial a partir da maternidade. Conclui-se que o trabalho decente na experiência das mulheres se caracteriza como um ideal a ser alcançado, com atributos peculiares ao contexto brasileiro. O movimento constante baseado na necessidade de se reinventar, construir novas alternativas, de eliminar o sofrimento no trabalho, aponta para uma transformação do que é possível em direção ao ideal almejado. Dessa forma, além de relacional, o trabalhar está em movimento constante de adaptabilidade, com o objetivo de experienciar o bem-estar e a realização no trabalho.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/16410
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Psicologia
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia
dc.rightsopen access
dc.subjectTrabalho feminino
dc.subjectPsicologia do trabalhar
dc.subjectTrabalho relacional
dc.subjectTransição de carreira
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqPsicologia
dc.titleAs transições de carreira de mulheres: a experiência do trabalhar e as barreiras de carreira
dc.title.alternativetitle.alternative
dc.typedoctoralThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Versão Final - JulianaBerzin_tese.pdf
Tamanho:
1.8 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: