Atitudes linguísticas de falantes da área rural e da área urbana do Espírito Santo
dc.contributor.advisor1 | Scherre, Maria Marta Pereira | |
dc.contributor.advisor1ID | https://orcid.org/0000-0003-2977-0431 | |
dc.contributor.author | Benfica, Samine de Almeida | |
dc.contributor.authorID | https://orcid.org/ | |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/ | |
dc.contributor.referee1 | Chaves, Raquel Gomes | |
dc.contributor.referee2 | Tesch, Leila Maria | |
dc.contributor.referee3 | Oushiro, Livia | |
dc.contributor.referee4 | Carvalho, Hebe Macedo de | |
dc.contributor.referee5 | Ferreira, Anderson | |
dc.date.accessioned | 2024-10-24T21:39:52Z | |
dc.date.available | 2024-10-24T21:39:52Z | |
dc.date.issued | 2024-06-07 | |
dc.description.abstract | This research is an investigation into the linguistic attitudes of speakers from Vitória and San ta Leopoldina, municipalities in Espírito Santo, to comprehend some linguistic notions that exist in these places and the value judgment on verbal agreement structures in first and third person plural without the plural ending (nós gosta, eles brinca). Analyzes are presented of the statements made by some speakers from these comunities about their individual speech and about the speech of their own community, and the perception of the use of variant forms of verbal agreement in the first person plural, with and without plural endings. The central objec tive of this investigation is to analyze the differences between the attitudes of members of an urban community, Vitória, and a rural community, Santa Leopoldina, towards language and the awareness of the varied use of linguistic forms in their own community, comparing the results of linguistic production research already carried out in the two locations, which descri bed the patterns of use of number agreement (Benfica, 2016; Foeger, 2014; Naro et al., 2017; Scherre; Naro; Yacovenco, 2018). To this end, the foundation was based on the theoretical assumptions of Variationist Sociolinguistics (Weinreich; Labov; Herzog, 2006 [1968]), and, more specifically, the notions of attitude, identity, consciousness and linguistic prestige (Fer nández, 1998; Labov, 2006 [1966]). Face-to-face interviews were carried out with residents of both communities, with open questions such as “What do you think about your own way of speaking?”, “Do you notice differences between the way of speaking of those who live in the city and those who live in the countryside ?”, “What do you think of this way of saying: 'We like to get together as a family'?”, among others. The analyzes were predominantly qualitative and showed that, in Vitória, speakers exhibit a more normative and less tolerant attitude towards forms considered less prestigious, especially the first-person variant without a plural mark, in addition to associating it with the speech of those who live in the interior or have less education. In Santa Leopoldina, participants revealed recognition of the use of these non plural constructions in their community, in addition to considering them natural, without ne gative validation, which signals a context of hidden prestige (Labov (2006 [1966]). With re gard to to the perception of the variable use of the first person plural, responses from an onli ne questionnaire carried out prior to the interviews were analyzed, and it was found that between the perception of use and the analyzes of production research there are congruences, when observing the directions of proportions of participant’s responses and quantitative re sults, but inconsistencies are also noted, especially between the production, evaluation and perception of the uses of the verb ir in the present and past tense, particularly the stereotypical expression “nós vai”, which is thought more more frequent than production research shows. It is concluded that speakers from the two communities, Vitória and Santa Leopoldina, are awa re of the varied uses of verbal agreement, and that those from the capital express their rejec tion of structures without plurals, while those from the capital express their rejection of struc tures without plurals from the interior express, in general, normality. | |
dc.description.resumo | Esta pesquisa é uma investigação sobre as atitudes linguísticas de falantes de Vitória e de San ta Leopoldina, municípios do Espírito Santo, para compreender algumas noções linguísticas que existem nesses locais e o juízo de valor sobre estruturas de concordância verbal em pri meira e em terceira pessoa do plural sem a desinência plural (nós gosta, eles brinca). Apre sentam-se análises das declarações de alguns falantes desses municípios sobre sua fala indivi dual e sobre a fala de sua própria comunidade, e da percepção do uso das formas variantes de concordância verbal em primeira pessoa do plural, com e sem as desinências de plural. O ob jetivo central desta investigação é analisar as diferenças entre as atitudes de membros de uma comunidade urbana, Vitória, e de uma comunidade rural, Santa Leopoldina, perante a língua e a consciência do uso variado de formas linguísticas em sua própria comunidade, comparando aos resultados das pesquisas de produção linguística já realizadas nas duas localidades, que descreveram os padrões de uso da concordância de número (Benfica, 2016; Foeger, 2014; Naro et al., 2017; Scherre; Naro; Yacovenco, 2018). Para tanto, a fundamentação se deu a partir dos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista (Weinreich; Labov; Herzog, 2006 [1968]), e, mais especificamente, das noções de atitude, de identidade, de consciência e de prestígio linguístico (Fernández, 1998; Labov, 2006 [1966]). Realizaram-se entrevistas presenciais com moradores das duas comunidades, com perguntas abertas como “O que você pensa sobre o seu próprio jeito de falar?”, “Você nota diferenças entre o jeito de falar de quem mora na cidade e de quem mora no campo?”, “O que você acha desse modo de falar: ‘Nós gosta de reunir a família’?”, entre outras. As análises foram predominantemente qualitativas e mostraram que, em Vitória, os falantes exibem uma atitude mais normativa e pouco tolerante às formas consideradas menos prestigiosas, em especial à variante em primeira pessoa sem marca plural, além de a associarem à fala de quem mora no interior ou tem menos escolariza ção. Em Santa Leopoldina, os participantes revelaram um reconhecimento do uso dessas construções sem plural em sua comunidade, além de as considerarem naturais, sem validação negativa, o que sinaliza um contexto de prestígio encoberto (Labov (2006 [1966]). No que diz respeito à percepção do uso variável da primeira pessoa do plural, analisaram-se respostas de um questionário online realizado previamente às entrevistas, e constatou-se que entre a per cepção do uso e as análises das pesquisas de produção há congruências, ao se observarem as direções das proporções das respostas dos participantes e dos resultados quantitativos, mas notam-se também incongruências, especialmente entre a produção, avaliação e percepção dos usos do verbo ir no presente e no pretérito, particularmente da expressão estereotípica “nós vai”, que se pensa mais frequente do que as pesquisas de produção mostram. Conclui-se que os falantes das duas comunidades, Vitória e Santa Leopoldina, são conscientes sobre os usos variados da concordância verbal, e que os da capital expressam com ênfase rejeição a estrutu ras sem plural, enquanto os do interior expressam, de modo geral, normalidade. | |
dc.description.sponsorship | Agência de fomento | |
dc.format | Text | |
dc.identifier.uri | http://repositorio.ufes.br/handle/10/18046 | |
dc.language | por | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | Universidade Federal do Espírito Santo | |
dc.publisher.country | BR | |
dc.publisher.course | Doutorado em Estudos Linguísticos | |
dc.publisher.department | Centro de Ciências Humanas e Naturais | |
dc.publisher.initials | UFES | |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Linguística | |
dc.rights | open access, restricted access ou embargoed access | |
dc.subject | Atitudes linguísticas | |
dc.subject | Consciência linguística | |
dc.subject | Percepção linguística | |
dc.subject.cnpq | Linguística | |
dc.title | Atitudes linguísticas de falantes da área rural e da área urbana do Espírito Santo | |
dc.title.alternative | Título alternativo do documento e/ou traduzido em outro idioma | |
dc.type | doctoralThesis | |
foaf.mbox | email@ufes.br |