O dispositivo de racialidade entre Sueli Carneiro e Michel Foucault

dc.contributor.advisor1Bazzan, Marco Rampazzo
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0003-1194-8289
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1141684502513379
dc.contributor.authorMonteiro, Mariana Pereira
dc.date.accessioned2025-06-06T14:00:57Z
dc.date.available2025-06-06T14:00:57Z
dc.date.issued2025
dc.description.abstractEste trabalho investiga o dispositivo de racialidade, conceito desenvolvido por Sueli Carneiro a partir do arcabouço teórico de Michel Foucault, com o objetivo de identificar seus elementos estruturantes: as relações de poder, os saberes e os modos de subjetivação. Desta forma, a pesquisa dialoga com as obras foucaultianas História da Loucura: na Idade Clássica (1961), Vigiar e Punir (1975) e História da Sexualidade I - A vontade de saber (1976), mobilizadas por Carneiro, e busca demonstrar as conexões entre a emergência, na modernidade, de um tipo de poder que atua ontologicamente — moldando funções sociais e características do ser — e os modos historicamente produzidos de subjetivação pelo dispositivo de racialidade. A pesquisa versa também com as teses de Charles Mills, apresentadas em O Contrato Racial (2023), na medida em que Carneiro as mobiliza para fundamentar a noção de racialidade como uma rede heterogênea, produtora de relações de poder. Com a teoria do contrato racial, Carneiro pretende demonstrar que a racialidade é fruto de um processo que tem origem no passado colonial, no qual o colonialismo e o imperialismo europeu instituíram relações raciais hierárquicas, que levaram à construção e naturalização da subalternização da população negra. No contexto pós abolição, o dispositivo se reconfigura, mantendo sua função e atualizando suas estratégias de controle e subalternização, articulando-se com novas formas de legitimação da violência racial, incluindo o direito de matar e deixar morrer, em correspondência com a lógica do biopoder e biopolítica foucaultiana. Por meio de uma abordagem teórico-analítica, o estudo busca compreender: (1) como o dispositivo de racialidade opera como um dispositivo de poder; (2) como ele produz e reproduz saberes; e (3) de que forma gera modos de subjetivação baseados na raça. Conclui-se que o dispositivo de racialidade não apenas sustenta hierarquias raciais, mas também naturaliza e reproduz a subalternização da população negra, reforçando a necessidade de uma desconstrução crítica dessa rede de elementos heterogêneos e das relações de poder-saber que a sustentam, para a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa.
dc.formatText
dc.identifier.citationMONTEIRO, Mariana Pereira. O dispositivo de racialidade entre Sueli Carneiro e Michel Foucault. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Filosofia) – Universidade Federal do Espírito Santo, 2025.
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/19730
dc.languagepor
dc.language.isopt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseLicenciatura em Filosofia
dc.publisher.departmentDepartamento de Filosofia
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.otherCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.rightsopen access
dc.subjectRelações raciais
dc.subjectDispositivo
dc.subjectSueli Carneiro
dc.subjectMichel Foucault
dc.titleO dispositivo de racialidade entre Sueli Carneiro e Michel Foucault
dc.title.alternativeTítulo alternativo do documento e/ou traduzido em outro idioma
dc.typebachelorThesis
foaf.mboxemail@ufes.br
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