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Licenciatura em Filosofia
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- ItemA morte de Deus e o Niilismo em Nietzsche(Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Oliveira Junior, Elizeu de; Pessoa, Fernando Mendes ; http://lattes.cnpq.br/1755455447619979O objetivo deste estudo é examinar o conceito da morte de Deus conforme elaborado por Friedrich Nietzsche, com enfoque no aforismo 125 de A gaia ciência. A pesquisa busca responder ao problema geral: como a morte de Deus conduz ao niilismo na cultura ocidental? De forma mais específica, investiga as manifestações do niilismo decorrentes desse fenômeno e analisa as propostas de Nietzsche para superar o vazio existencial que dele emerge. A metodologia consistiu em uma revisão detalhada das obras de Nietzsche, com ênfase em A gaia ciência, complementada pela consulta de artigos acadêmicos relevantes. Os resultados indicam que a morte de Deus simboliza a perda de valores metafísicos que sustentavam a moralidade e espiritualidade da cultura ocidental, gerando um vácuo moral que conduz ao niilismo, caracterizado pela crise de valores e pelo sentimento de vazio existencial. Como resposta a esse desafio, Nietzsche propõe duas vias principais de superação: a arte, como expressão de afirmação da vida, e o conceito do super-homem, que implica na transvaloração de valores e na criação de novos sentidos que afirmam a existência.
- ItemFeminismo Interseccional: uma perspectiva para a busca da emancipação feminina(Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Rodrigues, Amanda de Souza; Souza, Thana Mara de; https://orcid.org/0000-0002-8461-3239; http://lattes.cnpq.br/1586702620708183A presente monografia busca compreender a correlação entre as filósofas: Angela Davis em Mulheres, Raça e Classe (2016) e Sueli Carneiro em sua obra Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não-ser como fundamento do ser (2023). A partir da leitura dos textos a monografia buscou compreender e relacionar os respectivos conceitos abordados por cada autora, são eles: interseccionalidade (Davis), epistemicídio –– dispositivo de racialidade (Carneiro). A finalidade de promover essa aproximação entre as autoras tem como objetivo realizar uma análise crítica, que possibilite estabelecer um diálogo que tenha como princípio base investigar as condições históricas e políticas da luta do movimento feminista a partir de um horizonte da emancipação das mulheres.
- ItemViolência, engajamento e humanização: Diálogos entre a Pedagogia do Oprimido e Frantz Fanon(Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Santos, Lucas Barcelos; Bazzan, Marco Rampazzo ; https://orcid.org/0000-0003-1194-8289; http://lattes.cnpq.br/1141684502513379Este trabalho busca compreender como se estabeleceu o diálogo teórico entre Paulo Freire e Frantz Fanon, tendo como horizonte apontar a centralidade deste diálogo na constituição da Pedagogia do Oprimido. Assim como o corpo teórico de Fanon foi fundamental para que Paulo Freire desenvolvesse sua concepção acerca do oprimido, ampliasse sua compreensão sobre a noção da violência e ampliasse o papel do engajamento no movimento coletivo de humanização rumo ao ser mais.
- ItemEntre o feminismo existencialista de Simone de Beauvoir e a teoria de Lélia Gonzalez de um feminismo afro-latino-americano: ampliações e correlação(Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Foeger, Kailany Lahass; Souza, Thana Mara de ; https://orcid.org/0000-0002-8461-3239; http://lattes.cnpq.br/1586702620708183Esta monografia procura compreender as perspectivas das teorias feministas de Simone de Beauvoir e Lélia González e suas aproximações. Enquanto Beauvoir escreve sobre a mulher de um ponto de vista histórico e cultural europeu, refletindo o que nos moldes sociais faz com que as mulheres se encontrem em situação inferior aos homens no meio do século XX, Gonzalez procura entender a situação da mulher negra nas décadas de 70 e 80 no Brasil, como o racismo estrutura a sociedade e as figuras representativas da mulher negra e seu papel social. O objetivo é perceber as correlações e também as diferenças em busca de um pensamento feminista que busca a libertação feminina de forma abrangente. Para isso, a análise de capítulos d’O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, e de ensaios da coletânea Por um feminismo afro-latino-americano, de Lélia González, organizada por Flávia Rios e Márcia Lima, permitirá a delimitação dos aspectos centrais das teorias de ambas.
- ItemO dispositivo de racialidade entre Sueli Carneiro e Michel Foucault(Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Monteiro, Mariana Pereira; Bazzan, Marco Rampazzo; https://orcid.org/0000-0003-1194-8289; http://lattes.cnpq.br/1141684502513379Este trabalho investiga o dispositivo de racialidade, conceito desenvolvido por Sueli Carneiro a partir do arcabouço teórico de Michel Foucault, com o objetivo de identificar seus elementos estruturantes: as relações de poder, os saberes e os modos de subjetivação. Desta forma, a pesquisa dialoga com as obras foucaultianas História da Loucura: na Idade Clássica (1961), Vigiar e Punir (1975) e História da Sexualidade I - A vontade de saber (1976), mobilizadas por Carneiro, e busca demonstrar as conexões entre a emergência, na modernidade, de um tipo de poder que atua ontologicamente — moldando funções sociais e características do ser — e os modos historicamente produzidos de subjetivação pelo dispositivo de racialidade. A pesquisa versa também com as teses de Charles Mills, apresentadas em O Contrato Racial (2023), na medida em que Carneiro as mobiliza para fundamentar a noção de racialidade como uma rede heterogênea, produtora de relações de poder. Com a teoria do contrato racial, Carneiro pretende demonstrar que a racialidade é fruto de um processo que tem origem no passado colonial, no qual o colonialismo e o imperialismo europeu instituíram relações raciais hierárquicas, que levaram à construção e naturalização da subalternização da população negra. No contexto pós abolição, o dispositivo se reconfigura, mantendo sua função e atualizando suas estratégias de controle e subalternização, articulando-se com novas formas de legitimação da violência racial, incluindo o direito de matar e deixar morrer, em correspondência com a lógica do biopoder e biopolítica foucaultiana. Por meio de uma abordagem teórico-analítica, o estudo busca compreender: (1) como o dispositivo de racialidade opera como um dispositivo de poder; (2) como ele produz e reproduz saberes; e (3) de que forma gera modos de subjetivação baseados na raça. Conclui-se que o dispositivo de racialidade não apenas sustenta hierarquias raciais, mas também naturaliza e reproduz a subalternização da população negra, reforçando a necessidade de uma desconstrução crítica dessa rede de elementos heterogêneos e das relações de poder-saber que a sustentam, para a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa.