Transtornos mentais comuns e uso de medicamentos psicotrópicos entre professores da rede estadual de ensino do Espírito Santo

dc.contributor.advisor1Araújo, Dyego Carlos Souza Anacleto de
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0001-6631-465X
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5120426619544250
dc.contributor.authorMazzini, Yohan Cancilheri
dc.contributor.referee1Ângelo, Vitor Amorim de
dc.contributor.referee2Aguiar, Patrícia Melo
dc.date.accessioned2025-05-29T21:30:44Z
dc.date.available2025-05-29T21:30:44Z
dc.date.issued2025-04-01
dc.description.abstractIntroduction: Common mental disorders and the use of psychotropic medications among teachers have become an issue of growing global concern. However, in Brazil, there is a lack of probabilistic studies with representative samples investigating the prevalence of anxiety and depression symptoms, as well as the use of psychotropic drugs in this specific population, limiting the understanding of the true magnitude of the problem. Objective: To assess the prevalence and associated factors of common mental disorder symptoms and psychotropic medication use among public school teachers in Espírito Santo. Method: A cross-sectional, quantitative study was conducted with teachers from schools linked to the Carnapian Regional Education Superintendency (SER-Carapina). Teachers who were assigned to non-teaching roles were excluded. Cluster sampling was carried out, considering each school as a primary sampling unit. Data collection was conducted in person between January and February 2024, during the Pedagogical Planning Sessions in the randomly selected schools. Semi-structured questionnaires were applied, including questions on sociodemographic data, previous diagnosis of mental disorders, screening scales for anxiety, depression, insomnia, and burnout symptoms, as well as the profile of psychotropic medication use. Statistical analysis included descriptive statistics, chi-square tests, Poisson regression with robust variance, and binary logistic regression. The study was approved by the Research Ethics Committee (CAAE: 70203023.4.0000.5060). Results: A total of 453 teachers participated in the study. A previous diagnosis of anxiety and depression disorders was reported by 29.6% (n=134) and 14.8% (n=67) of teachers, respectively. Moderate to severe symptoms of anxiety and depression were observed in 32.7% (n=148) and 34.4% (n=156) of teachers. Additionally, 11.3% (n=51) presented suicidal or self-harm ideation with some frequency. Poisson regression indicated that being a woman, having another job besides teaching, and having clinical insomnia and burnout increased the prevalence ratio of anxiety symptoms, while being a woman, having clinical insomnia, and burnout increased the prevalence ratio of depression symptoms. The use of psychotropic medications was reported by 20.0% (n=90) of teachers, with the specific use of antidepressants observed in 16.9% (n=76). Most teachers began using these medications after 2020, with prescriptions primarily issued by psychiatrists. Poisson regression showed that being a woman, having clinical insomnia, and experiencing severe anxiety symptoms increased the prevalence ratio of psychotropic and antidepressant use. The use of benzodiazepines was reported by 6.8% (n=31) of teachers. Among users, 42.5% (n=14) had been using these medications for 2 to 5 years, and 39.4% (n=13) reported benzodiazepine use without an associated antidepressant. Binary logistic regression showed that severe anxiety symptoms and clinical insomnia increased the likelihood of benzodiazepine use, while having a partner reduced these chances. Conclusion: Teachers in Espírito Santo exhibited higher prevalence rates of common mental disorders compared to national and global population averages. The use of psychotropic medications, particularly antidepressants and benzodiazepines, was also higher than in other populations, highlighting the need for public policies aimed at workers’ health. These data highlight the need to implement multidimensional strategies that integrate individual actions, institutional support that includes modifying stressors, and robust public policies aimed at preventing mental illness and promoting the health of teachers.
dc.description.resumoIntrodução: os transtornos mentais comuns e o uso de medicamentos psicotrópicos entre professores têm sido uma questão de crescente preocupação em nível global. No entanto, no Brasil, há uma escassez de estudos probabilísticos com amostras representativas que investiguem a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão, bem como o uso de psicotrópicos nessa população específica, limitando o entendimento sobre a real dimensão do problema. Objetivo: avaliar a prevalência e fatores associados a sintomas de transtornos mentais comuns e uso de medicamentos psicotrópicos entre professores da rede estadual de ensino do Espírito Santo. Método: foi realizado um estudo transversal, quantitativo, com professores de escolas vinculadas à Superintendência Regional de Educação Carapina (SER-Carapina). Foram excluídos professores em desvio da função docente. A amostragem foi realizada por conglomerados, considerando cada escola como uma unidade primária de amostragem. A coleta de dados foi realizada, de forma presencial, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2024, durante a Jornada de Planejamento Pedagógico das escolas sorteadas. Foram aplicados questionários semiestruturados, contendo questões sobre dados sociodemográficos, diagnóstico prévio de transtornos mentais, escalas de rastreamento de sintomas de ansiedade, depressão, insônia e burnout, bem como o perfil de uso de medicamentos psicotrópicos. A análise estatística incluiu estatística descritiva, qui-quadrado, regressão de Poisson com variância robusta e regressão logística binária. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 70203023.4.0000.5060). Resultados: Participaram do estudo 453 professores. O diagnóstico prévio de transtornos de ansiedade e depressão foi relatado por 29,6% (n=134) e 14,8% (n=67) dos professores, respectivamente. Sintomas moderados a graves de ansiedade e depressão foram observados em 32,7% (n=148) e 34,4% (n=156) dos professores. Além disso, 11,3% (n=51) apresentaram ideações suicidas ou de automutilação com alguma frequência. A regressão de Poisson indicou que ser mulher, ter outro emprego além da docência, ter sintomas de insônia clínica e burnout aumentaram a razão de prevalência de sintomas de ansiedade, enquanto ser mulher, ter insônia clínica e burnout aumentaram a razão de prevalência de sintomas de depressão. O uso de medicamentos psicotrópicos foi relatado por 20,0% (n=90) dos professores, sendo o uso específico de antidepressivos observado em 16,9% (n=76). A maioria dos professores começou a usar esses medicamentos após 2020, com prescrição majoritariamente feita por psiquiatras. A regressão de Poisson demonstrou que ser mulher, ter insônia clínica e sintomas de ansiedade grave de saúde aumentaram a razão de prevalência do uso de psicotrópicos e antidepressivos. O uso de benzodiazepínicos foi relatado por 6,8% (n=31) dos professores. Entre os usuários, 42,5% (n=14) utilizavam esses medicamentos há entre 2 e 5 anos, e 39,4% (n=13) relataram o uso de benzodiazepínicos sem associação com antidepressivos. A regressão logística binária demonstrou que sintomas de ansiedade severa e insônia clínica aumentaram as chances de uso de benzodiazepínicos, enquanto possuir um parceiro reduziu essas chances. Conclusão: Os professores do Espírito Santo apresentaram prevalências de transtornos mentais comuns superiores às médias da população brasileira e mundial. O uso de medicamentos psicotrópicos, especialmente antidepressivos e benzodiazepínicos, também foi maior em comparação a outras populações. Esses dados ressaltam a necessidade de implementar estratégias multidimensionais que integrem ações individuais, suporte institucional que inclua a modificação dos fatores estressores e políticas públicas robustas voltadas para a prevenção do adoecimento mental e a promoção da saúde dos professores.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/19613
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Ciências Farmacêuticas
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
dc.rightsembargoed access
dc.subjectTranstornos mentais
dc.subjectPsicotrópicos
dc.subjectEpidemiologia
dc.subject.cnpqFarmácia
dc.titleTranstornos mentais comuns e uso de medicamentos psicotrópicos entre professores da rede estadual de ensino do Espírito Santo
dc.typemasterThesis
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