A parentalidade paterna na separação conjugal quando os filhos coabitam com o genitor

dc.contributor.advisor1Nascimento, Célia Regina Rangel
dc.contributor.authorVilaça, Carolina Corrêa
dc.contributor.referee1Coutinho, Sabrine Mantuan dos Santos
dc.contributor.referee2Grzybowski, Luciana Suárez
dc.date.accessioned2019-03-11T12:56:40Z
dc.date.available2019-03-11
dc.date.available2019-03-11T12:56:40Z
dc.date.issued2018-09-27
dc.description.abstractEveryday more and more fathers express their desire to continue living and getting involved in their children's lives, even though facing a marital breakdown. We can also verify an increase in the number of fathers who have shown a wish in taking care of their children after separation because they feel as much capable as the mothers. However, it is known that, despite the mandatory shared custody in Brazil, the reference residence still continues, in the most of cases, being in the maternal one. Perhaps because of this fact there is still little information about paternal parenting, in the context of marital separation, when the children live with the father. The present study aimed to describe how paternal parenting is experienced in the context of conjugal separation when the children live with the father from the perspective both of the father and the children. Six families participated of the study. The father and one of his children between the ages of 9 and 12 were interviewed. It was established as an inclusion criterion that at least one of the children in this age group was in fact under the custody of the father. The fathers were aged between 31 and 35 years old and answered to a semi-structured interview script, composed by themes related to the sociodemographic characterization, characteristics of the exercise of parenthood before and after separation, routine and parent / child relationship, relationship parenting, participation of other family members in caring of the children and other contexts. It was also applied, in all of the participants, an interview to survey the ecological contexts and their interrelationships, which were adapted for the purpose of this research, aiming to evaluate which contexts of coexistence were significant for fathers and children and how they contributed to the exercise of parenting. All the participants accepted to enroll voluntarily of the research and signed the Term of Free and Informed Consent and the Term of Free and Clarified Assent. The analysis of parents' and children's interviews was done based on the Content Analysis. After reading and analyzing the material, the reports were organized into categories for the two groups of participants, considering the most important themes for the research objectives: being a father, post-separation parenting and routine impacts, such as how did the children start living with the father, and what changed in the relationship, childcare, limits and control, activities that they carry out together, fathers and children relationship, main challenges, role of the biological mother in the life of the children, evaluation that biological mothers do on parental care. As main results it was found that the fathers who took the children after the separation felt a greater responsibility and reorganized their life in order to attend the children's needs. For those they had the help and support of third parties, especially of stepmothers, grandmothers and caregivers. In addition, these parents were committed not only to the role of providing and disciplining, but also to the affective aspect of the relationship. They have faced the challenges of taking parental care after separation and reconciling work and time available to their children. It was found that both fathers and children understood the relationship to be close and positive. Considering the bioecological theory of development, the father's house, comprehended as a microsystem, encouraged and provided meaningful interactions, enabling the proximal processes to promote the development of children and fathers. It was concluded that the research made possible the expansion of information regarding paternal parenting in the context of separation when children live with the father, contributing to the knowledge about the subject. It was also pointed out that consideration from the point of view of fathers and children provided a broader understanding of the context, since the relationships are two-way, having influence in both directions.
dc.description.resumoÉ cada vez maior o número de pais que expressam seu desejo de continuar convivendo e participando da vida dos filhos, mesmo diante da ruptura conjugal. Verifica-se também um aumento do número de pais que têm demonstrado interesse em assumir os cuidados dos filhos após a separação, por se sentirem tão capazes quanto às mães. Entretanto, sabe-se que, apesar da obrigatoriedade da guarda compartilhada no Brasil, a residência de referência ainda continua, na maior parte dos casos, sendo a materna. Possivelmente por isso ainda existe pouca informação acerca da parentalidade paterna, no contexto de separação conjugal, quando os filhos residem com o pai. O presente estudo objetivou descrever como é experienciada a parentalidade paterna no contexto da separação conjugal quando os filhos residem com o genitor, a partir da perspectiva do pai e dos filhos. Participaram da pesquisa seis famílias, tendo sido entrevistados o pai e um dos filhos que tivesse idade entre 09 e 12 anos. Foi estabelecido como critério de inclusão que, pelo menos, um dos filhos, nessa faixa etária, estivesse sob a guarda de fato do pai. Os pais tinham idade entre 31 e 35 anos e responderam a um roteiro de entrevista semi-estruturado, composto por temas referentes à caracterização sociodemográfica, características do exercício da parentalidade antes e após a separação, rotina e relação pai/filho(s), relação pai/mãe, participação de outros familiares nos cuidados com o(s) filho(s) e outros contextos. Aplicou-se também, em todos os participantes, a entrevista para levantamento dos contextos ecológicos e suas inter-relações, que foi adaptado para o objetivo dessa pesquisa, buscando-se avaliar quais contextos de convivência eram significativos para pais e filhos e como contribuíam para o exercício da parentalidade. Todos os participantes aceitaram participar voluntariamente da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido. A análise das entrevistas dos pais e dos filhos foi feita com base na Análise de Conteúdo. Após leitura e análise do material, os relatos foram organizados em categorias, para os dois grupos de participantes, considerando-se os temas de maior importância para os objetivos da pesquisa: ser pai, a parentalidade após a separação e os impactos na rotina, como as crianças foram morar com o pai e o que mudou na relação, cuidados com os filhos, limites e controle, atividades que realizam juntos, relacionamento pais e filhos, principais desafios, participação da mãe biológica na vida dos filhos, avaliação que as mães biológicas fazem sobre os cuidados dos pais. Como resultados principais verificou-se que os pais que assumiram os filhos após a separação sentiram uma responsabilidade maior e reorganizaram sua vida visando atender às necessidades dos filhos. Para tanto contaram com a ajuda e suporte de terceiros, principalmente das madrastas, avós e cuidadoras. Além disso, esses pais mostraram-se comprometidos não só com a função de prover e disciplinar, mas também com o aspecto afetivo do relacionamento. Enfrentaram os desafios de assumir os cuidados parentais após a separação e conciliar o trabalho e o tempo disponível para os filhos. Constatou-se que tanto os pais como os filhos compreendiam a relação como sendo próxima e positiva. Tendo em vista a teoria Bioecológica do Desenvolvimento a casa do pai, entendida como um microssistema, encorajou e proporcionou interações significativas, possibilitando os processos proximais de modo a promover o desenvolvimento das crianças e dos pais. Concluiu-se que a pesquisa possibilitou a ampliação de informações a respeito da parentalidade paterna no contexto de separação quando os filhos residem com o genitor, contribuindo para o conhecimento sobre o tema. Destacou-se ainda que a consideração do ponto de vista dos pais e dos filhos proporcionou uma compreensão mais ampla do contexto, visto que as relações são bidirecionais, havendo influência em ambas as direções.
dc.formatText
dc.identifier.citationVILAÇA, Carolina Corrêa. A parentalidade paterna na separação conjugal quando os filhos coabitam com o genitor. 2018. 124 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Vitória, 2018.
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/10872
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Psicologia
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia
dc.rightsopen access
dc.subjectParentingeng
dc.subjectSeparationeng
dc.subjectDivorceeng
dc.subjectParental custodyeng
dc.subjectTeoria bioecológicapor
dc.subjectBioecological theoryeng
dc.subjectGuarda paternapor
dc.subject.br-rjbnParentalidade
dc.subject.br-rjbnSeparação (Psicologia)
dc.subject.br-rjbnGuarda de menores
dc.subject.cnpqPsicologia
dc.subject.udc159.9
dc.titleA parentalidade paterna na separação conjugal quando os filhos coabitam com o genitor
dc.title.alternativePaternal parenting in marital separation when the children live with the father
dc.typemasterThesis
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