Soroprevalência e fatores de risco do coronavírus felino (FCoV) no sul capixaba

dc.contributor.advisor1Delatorre, Edson Oliveira
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-5746-0820
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9814839314541002
dc.contributor.authorCaprioli, Ana Amélia
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0009-0000-1875-5303
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2835032810980724
dc.contributor.referee1Guerson, Yuri Barbosa
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0001-7796-0921
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6290312600632479
dc.contributor.referee2Archanjo, Anderson Barros
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0002-9305-271X
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5529149503714764
dc.date.accessioned2025-07-30T21:35:09Z
dc.date.available2025-07-30T21:35:09Z
dc.date.issued2025-03-25
dc.description.abstractCoronaviruses (CoVs) are zoonotic viruses belonging to the Coronaviridae family, capable of infecting various species, including felines. Feline Coronavirus (FCoV) can evolve into feline infectious peritonitis (FIP), a severe and often fatal disease. This study aimed to investigate the seroprevalence of FCoV in domestic cats from the municipalities of Alegre and Jerônimo Monteiro, in southern Espírito Santo, and to identify the main risk factors associated with infection. Blood samples were collected from 120 cats, aged between 41 days and 13 years, treated at the Patinhas Alegres veterinary clinic. Antibody detection was performed using the ImmunoComb FCoV test, an ELISA-based immunoassay that quantifies serological levels into categories of negative, weak, moderate, and strong positive. The seropositivity rate was 69.2%, with a distribution of 5.8% weak positive, 29.2% moderate positive, and 34.2% strong positive. Univariate analysis indicated a significant association between FCoV infection and age (p = 6.18 × 10⁻⁷) and reproductive status (p = 3.09 × 10⁻⁸), while sex (p = 0.4035) and housing conditions (p = 0.2628) were not statistically significant. Binary logistic regression confirmed that cats aged 3–8 years had an 11-fold higher risk of infection (OR = 10.96; 95% CI: 2.56 – 56.57; p = 0.002), and cats older than 8 years had a 9-fold increased risk (OR = 9.27; 95% CI: 1.42 – 86.91; p = 0.029), suggesting that cumulative exposure to the virus over time is a key determinant of infection. Ordinal logistic regression revealed that older cats not only had higher seropositivity rates but also exhibited elevated antibody levels. Compared to kittens (<1 year), cats aged 3–8 years were 8.8 times more likely to have high antibody titers (OR = 8.84; 95% CI: 2.45 – 34.94; p = 0.0012), while cats older than 8 years had a 19-fold increased risk (OR = 19.12; 95% CI: 4.11 – 100.37; p = 0.0003). Housing conditions showed a statistical trend, with cats living alone exhibiting a higher infection risk (OR = 9.48; 95% CI: 1.08 – 216.87; p = 0.041). However, this factor did not significantly influence antibody levels, suggesting that social contact may affect viral transmission but not necessarily the immune response. Given these findings, controlling FCoV infection in Brazil requires not only large-scale and continuous epidemiological studies to monitor high-risk groups, such as adult and elderly cats, but also the implementation of integrated biosecurity measures, including proper environmental management, targeted vaccination protocols, and increased awareness among cat owners to prevent viral spread and minimize the risk of progression to FIP.
dc.description.resumoOs coronavírus (CoVs) são vírus zoonóticos da família Coronaviridae, capazes de infectar diversas espécies, incluindo felinos. O Coronavírus Felino (FCoV) pode evoluir para a peritonite infecciosa felina (PIF), uma doença grave e frequentemente fatal. Este estudo teve como objetivo investigar a soroprevalência do FCoV em gatos domiciliados nos municípios de Alegre e Jerônimo Monteiro, sul do Espírito Santo, e identificar os principais fatores de risco associados à infecção. Foram coletadas amostras de sangue de 120 gatos, com idades entre 41 dias e 13 anos, atendidos na clínica veterinária Patinhas Alegres. A detecção de anticorpos foi realizada pelo teste ImmunoComb FCoV, um imunoensaio baseado no método ELISA, permitindo a quantificação dos níveis sorológicos em categorias de negativo, fraco, médio e forte positivo. A taxa de soropositividade foi de 69,2%, com distribuição de 5,8% fraco positivo, 29,2% médio positivo e 34,2% forte positivo. A análise univariada indicou associação significativa entre infecção por FCoV e faixa etária (p = 6,18 × 10⁻⁷) e status reprodutivo (p = 3,09 × 10⁻⁸), enquanto sexo (p = 0,4035) e modo de criação (p = 0,2628) não apresentaram significância estatística. A regressão logística binária confirmou que gatos entre 3–8 anos tiveram 11 vezes mais chance de infecção (OR = 10,96; IC 95%: 2,56 – 56,57; p = 0,002) e gatos com mais de 8 anos apresentaram um risco 9 vezes maior (OR = 9,27; IC 95%: 1,42 – 86,91; p = 0,029), sugerindo que a exposição cumulativa ao vírus ao longo do tempo é um fator determinante para infecção. A regressão logística ordinal revelou que gatos mais velhos não apenas apresentavam maior soropositividade, mas também níveis mais altos de anticorpos. Comparados a filhotes (<1 ano), gatos entre 3–8 anos tiveram uma probabilidade 8,8 vezes maior de apresentar títulos elevados (OR = 8,84; IC 95%: 2,45 – 34,94; p = 0,0012) e gatos com mais de 8 anos tiveram um risco 19 vezes maior (OR = 19,12; IC 95%: 4,11 – 100,37; p = 0,0003). O modo de criação apresentou uma tendência estatística, com gatos criados sozinhos apresentando maior chance de infecção (OR = 9,48; IC 95%: 1,08 – 216,87; p = 0,041). No entanto, esse fator não influenciou significativamente os níveis de anticorpos, indicando que o contato social pode afetar a transmissão, mas não necessariamente a resposta imune. Diante desses achados, o controle da infecção por FCoV no Brasil exige não apenas estudos epidemiológicos amplos e contínuos para monitorar grupos de risco, como gatos adultos e idosos, mas também a implementação de medidas integradas de biossegurança, incluindo manejo ambiental adequado, protocolos de vacinação direcionados e conscientização dos tutores sobre a prevenção da disseminação do vírus e a minimização do risco de evolução para PIF.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/19951
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Ciências Veterinárias
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Agrárias e Engenharias
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
dc.rightsopen access
dc.subjectCoronavírus felino
dc.subjectSoroprevalência
dc.subjectFatores de risco
dc.subject.cnpqCiências Agrárias
dc.titleSoroprevalência e fatores de risco do coronavírus felino (FCoV) no sul capixaba
dc.typemasterThesis
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