Orientação da mulher e a duração da amamentação: um estudo de métodos mistos

dc.contributor.advisor-co1Figueiredo, Karla Crozeta
dc.contributor.advisor-co1IDhttps://orcid.org/0000-0003-0917-5301
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8027027232828519
dc.contributor.advisor1Primo, Cândida Caniçali
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0001-5141-2898
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4739920753105018
dc.contributor.authorMinarini, Greyce Pollyne Santos Silva
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0003-0935-9098
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9489012336287358
dc.contributor.referee1Almeida, Marcia Valeria de Souza
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0002-1318-7084
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9372951429429767
dc.contributor.referee2Lima, Eliane de Fátima Almeida
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0001-5128-3715
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/4640538188376728
dc.contributor.referee3Bueno, Mariana
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000-0002-1470-1321
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/6764890606065359
dc.contributor.referee4Carmona, Ana Paula Reis
dc.date.accessioned2025-08-05T18:46:41Z
dc.date.available2025-08-05T18:46:41Z
dc.date.issued2025-06-30
dc.description.abstractIntroduction: Breastfeeding guidance provided in both primary and specialized health services can influence maternal decisions to initiate, maintain, and prolong breastfeeding. The use of mixed methods is recommended to investigate this subjective practice, influenced by individual and social factors, and to allow for comparisons between biological, psychological, cultural, socioeconomic, and demographic aspects that affect its duration. This approach broadens the understanding of breastfeeding as a lived and relational experience, involving multiple determinants that interact over time. General Objective: To examine the correlation between the guidance received by postpartum women during prenatal, delivery, and postpartum care and the duration of total breastfeeding in the first three months of life. Specific Objectives: To describe postpartum women's perceptions of the breastfeeding guidance received during prenatal, delivery, and postpartum care. To analyze the association of sociodemographic and clinical variables with the type and duration of breastfeeding. Method: The study adopted a convergent mixed-methods approach. In the qualitative phase, a descriptive and exploratory study was designed, with individual interviews guided by a semi-structured script aimed at understanding perceptions and experiences related to breastfeeding. In the quantitative phase, a longitudinal study was conducted, administering a sociodemographic and clinical questionnaire, in addition to using the Interactive Breastfeeding Scale to measure objective aspects of the practice. The study was conducted at the Women's Health Unit of the Espírito Santo University Hospital, Brazil. The population consisted of postpartum women admitted to rooming-in care and discharged after May 2024. The R Interface for Multidimensional Analysis of Texts and Questionnaires (Iramuteq) software, version 7.2, was used for the qualitative analysis, guided by the theoretical framework of the Interactive Theory of Breastfeeding. For the quantitative data analysis, descriptive statistics were applied, including measures of central tendency (mean) and measures of dispersion (standard deviation) for continuous variables, as well as relative and absolute frequencies for categorical variables. After analyzing the data from the quantitative and qualitative stages individually, the data were integrated using the concomitant incorporation strategy. Results: A total of 296 postpartum women were interviewed. Most of the postpartum women included in the study were between 15 and 35 years old (82%), lived with a partner (70%), and had 12 years of education or more (70%). Approximately 63% were primiparous, and 26% were multiparous. Most had more than six prenatal care appointments (85%), and the most common mode of birth was cesarean section (72%), with a predominance of late preterm infants (57%). Regarding the type of feeding, 57% practiced exclusive breastfeeding (EBF), 34% mixed breastfeeding, and 9% exclusive formula. Higher rates of exclusive breastfeeding (EBF) were associated with several factors, such as: a greater number of prenatal care visits (p = 0.010), greater milk production (p = 0.015), vaginal delivery (p = 0.058), absence of formula use in the first 48 hours of life (p < 0.001), absence of breastfeeding difficulties (p = 0.030), and non-use of pacifiers (p < 0.001). The practice of skin-to-skin contact and professional support during childbirth also favored EBF. There was a progressive reduction in breastfeeding difficulties and in the use of formula and pacifiers over time. Although social support was not statistically significant, it was more frequent among mothers who maintained exclusive breastfeeding. The integration of quantitative and qualitative data revealed that, despite statistical associations, the lack of breastfeeding guidance during prenatal care and the mode of delivery limited breastfeeding practices, highlighting the importance of considering maternal experience when evaluating breastfeeding care. Final Considerations: The results demonstrate that multiple factors influence the practice of exclusive breastfeeding, including clinical, care-related, and contextual aspects. Although most women had access to prenatal care and institutionalized birth, the lack of adequate breastfeeding guidance and limitations in immediate support after birth reveal gaps in care. The integration of quantitative and qualitative data demonstrates that considering maternal experience is essential to improving care practices and promoting breastfeeding equitably and effectively.
dc.description.resumoIntrodução: A orientação em amamentação nos serviços de saúde, tanto da atenção primária quanto especializada, pode influenciar a decisão materna de iniciar, manter e prolongar o aleitamento. O uso de métodos mistos é indicado para investigar essa prática subjetiva, influenciada por fatores individuais e sociais, além de permitir a comparação entre aspectos biológicos, psicológicos, culturais, socioeconômicos e demográficos que afetam sua duração. Essa abordagem amplia a compreensão da amamentação enquanto experiência vivida e relacional, envolvendo múltiplos determinantes que interagem ao longo do tempo. Objetivo geral: Examinar a correlação entre a orientação da puérpera recebida nos cuidados pré-natais, parto e pós-parto com a duração da amamentação total nos primeiros três meses de vida. Objetivos específicos: Descrever a percepção da puérpera sobre a orientação em amamentação recebidas nos cuidados pré-natais, parto e pós-parto. Analisar a associação das variáveis sociodemográficas e clínicas com o tipo e duração da amamentação; Método: O estudo adotou a abordagem de métodos mistos, do tipo convergente. Na etapa qualitativa, delineou-se um estudo descritiva e exploratória, com a realização de entrevistas individuais, guiadas por um roteiro semiestruturado, voltadas à compreensão das percepções e experiências relacionadas à amamentação. Já na etapa quantitativa, foi conduzido um estudo longitudinal, com a aplicação de um questionário sociodemográfico e clínico, além da utilização da Escala Interativa de Amamentação para mensurar aspectos objetivos da prática. O estudo foi realizado na Unidade Saúde da Mullher do Hospital Universitário do Espírito Santo, Brasil. A população foram as puérperas, internadas no alojamento conjunto, e que receberam alta hospitalar após maio de 2024. O software Interface de R para Análises Multidimensionais de Textos e Questionários (Iramuteq), versão 7.2, foi empregado para a análise qualitativa, guiada pelo referencial teórico da Teoria Interativa de Amamentação. Para a análise dos dados quantitativa, foram aplicadas estatísticas descritivas, incluindo medidas de tendência central (média) e medidas de dispersão (desvio padrão) para variáveis contínuas, bem como frequências relativas e absolutas para variáveis categóricas. Após a análise dos dados das etapas quantitativa e qualitativa de forma individual, os dados foram integrados utilizando a estratégia de incorporação concomitante. Resultados: Foram entrevistadas 296 puérperas. A maioria das puérperas incluídas no estudo tinha entre 15 e 35 anos (82%), vivia com companheiro (70%) e possuía escolaridade igual ou superior a 12 anos (70%). Cerca de 63% eram primigestas, sendo 26% multigestas. A maioria realizou mais de seis consultas de cuidados pré-natais (85%) e a via de nascimento mais frequente foi cesariana (72%), com predominância de prematuros tardios (57%). Quanto ao tipo de alimentação do bebê, 57% praticavam aleitamento materno exclusivo (AME), 34% aleitamento misto e 9% uso exclusivo de fórmula. Observou-se que maiores taxas de aleitamento materno exclusivo (AME) estiveram associadas a diversos fatores, tais como: maior número de consultas de cuidados pré-natais (p = 0,010), maior produção de leite (p = 0,015), via de nascimento vaginal (p = 0,058), ausência de uso de fórmula nas primeiras 48 horas de vida (p < 0,001), ausência de dificuldades na amamentação (p = 0,030) e não utilização de chupetas (p < 0,001). A prática do contato pele a pele e o apoio profissional no parto também favoreceram o AME. Houve redução progressiva nas dificuldades com a amamentação e no uso de fórmula e chupetas ao longo do tempo. Embora o apoio social não tenha mostrado significância estatística, foi mais frequente entre mães que mantiveram a amamentação exclusiva. A integração dos dados quantitativos e qualitativos revelou que, apesar das associações estatísticas, a ausência de orientações sobre amamentação durante os cuidados pré natais e a via de nascimento limitaram a prática da amamentação, destacando a importância de considerar a experiência materna na avaliação da assistência à amamentação. Considerações Finais: Os resultados evidenciam que múltiplos fatores influenciam a prática da amamentação exclusiva, incluindo aspectos clínicos, assistenciais e contextuais. Embora a maioria das mulheres tenha tido acesso aos cuidados pré-natais e ao parto institucionalizado, a ausência de orientação adequada sobre amamentação e as limitações no apoio imediato ao nascimento revelam falhas na assistência. A integração dos dados quantitativos e qualitativos demonstra que considerar a experiência materna é essencial para qualificar as práticas de cuidado e promover o aleitamento com equidade e efetividade.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/19998
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Saúde Coletiva
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.rightsopen access
dc.subjectAmamentação
dc.subjectCentros de saúde materno-Infantil
dc.subjectMétodos Mistos
dc.subject.cnpqSaúde Coletiva
dc.titleOrientação da mulher e a duração da amamentação: um estudo de métodos mistos
dc.typedoctoralThesis
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