Evolução sedimentar recente ao longo de uma plataforma continental contrastante de sedimentação

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dc.contributor.advisor1Bastos, Alex Cardoso
dc.contributor.authorSilva, Alex Evaristo da
dc.contributor.referee1Albino, Jacqueline
dc.contributor.referee2Quaresma, Valéria da Silva
dc.contributor.referee3Reis, Antônio Tadeu dos
dc.contributor.referee4Silva, Cleverson Guizan
dc.date.accessioned2018-08-01T23:42:58Z
dc.date.available2018-08-01
dc.date.available2018-08-01T23:42:58Z
dc.date.issued2017-04-05
dc.description.abstractThe present thesis is study about the sedimentary and morphological evolution in continental shelf section with distinct influence between sedimentary input and dispersion. The north-central continental shelf of Espírito Santo (Brazil) has contrasting features such as the presence of delta lobe and incised valley with exposed channels, as well as the mixed sedimentary environment marked by terrigenous dominance in the coastal areas and by rhodoliths and carbonate gravels in offshore areas. Were analyzed 186 surface sediment samples from published works, 6 piston corer that are deployed in 730 samples, and 485 km and 920 km of seismic lines boomer and stratabox source respectively. Sediments surface analysis showed the presence of distinct sedimentary regimes resulting from current and past hydrodynamic processes. Distal mud belt suggests high energy events as responsible for resuspension and redistribution of fine sediments. The surface heterogeneity is also recognized in subsurface sediments, where six sedimentary environments were recognized: fluvio-estuarine with continental dominance; inner estuarine; beach or river mouth; marine continental shelf, terrigenous shelf and prodelta. Transgressive ravinement and maximum flooding stratigraphic surfaces were observed throughout the piston corer. In terms of seismic stratigraphy, eight seismic units were identified. The pattern distribution of these units condition two distinct evolutionary models for the study area. The sedimentary evolution in the north indicates the construction of carbonate environment during MIS3, high development of transgressive fluvial deposits and presence of Doce River regressive lobe. In the south, incised valleys domain were observed, with decrease in their filling towards the basins, which suggests two distinct moments of sea level rise. The low development of the seismic units around the incised valleys suggests limited sedimentation during transgression, restricted to fluvial channel. After continental shelf flooding, carbonate sedimentation dominated the external shelf, with greater development to the south. Difference between north and south was probably conditioned by continental and continental shelf physiography and by variation of past and present sedimentary input. The Doce submerged delta presented an elongated geometry similar to main fluvial systems of the word, which indicates significant longitudinal sedimentary transport and fine sedimentary composition, corroborated by elongated orientation to the north of the sedimentary plume, and by sand-muddy submerged delta composition. Two depocenters and two seismic subunits were observed near river mouth and associated with shift of the channel. Delta sub- merge delimitation is important to scale the potential impact area of the tailings mud that reached the mouth of the Doce River on November 22 (2015) and spread over a wide area of the continental shelf. Geological faults were recognized on the continental shelf, mainly along 42 m isobaths with the same SSW-NNE orientation of lineaments in the continent. The distribution of physiographic elements, such as lobed features, high and low topographic areas, channels, escarpments and erosive grooves show distinction of the sedimentary processes along the continental shelf. Lobed features were found in the limits of the inner-medium and medium-outer continental shelf, which suggests significant sedimentary contribution during the last transgression. High topographic and escarpment were interpreted as possible paleo-coastline in the middle shelf, while distinction at height of the topographic highs on the outer shelf indicates greater development of carbonate constructions to the north. The topographic highs associated with incised valleys in the south were interpreted as reef growing along their margins. The results indicate that distribution and preservation of sedimentary environments installed on the continental shelf during Upper Pleistocene-Holocene were mainly conditioned by fluvial input, either as a direct contribution of terrigenous sediments or by inhibition in the establishment of carbonate communities. The continental geomorphology also seems to be an important indicator of the characteristics found in the continental shelf.
dc.description.resumoA presente Tese constitui um estudo sobre a evolução sedimentar e morfológica em um trecho de plataforma continental com influência distinta entre aporte e dispersão sedimentar. A plataforma continental centro-norte do Espírito Santo (Brasil) reúne características contrastantes, como a presença conjunta de lobo deltaico e vales incisos com canais expostos, além do ambiente sedimentar misto marcado por domínio terrígeno próximo à costa e por rodolitos e cascalhos carbonáticos na plataforma externa. Ao longo da plataforma foram analisadas 186 amostras superficiais de trabalhos já publicados, 6 testemunhos que se desdobram em 730 amostras e 485 km de linhas sísmicas tipo boomer e 920 km tipo stratabox. A análise dos sedimentos superficiais evidenciou a presença de regimes sedimentares distintos resultantes de processos hidrodinâmicos atuais e pretéritos. A presença de bolsões isolados de lama sugere que eventos de alta energia são responsáveis por ressuspensão e redistribuição de sedimentos finos. A heterogeneidade vista em superfície também é reconhecida nos sedimentos subsuperficiais, onde foram reconhecidos seis ambientes sedimentares, sendo estes: flúvio-estuarino de maior contribuição continental, estuarino de bacia central, praia ou foz fluvial; marinho raso ou plataforma biodetrítica, plataforma terrígena e prodelta. As superfícies estratigráficas de ravinamento transgressivo e inundação máxima foram observadas ao longo dos testemunhos. Em termos de sismoestratigrafia, oito unidades sísmicas foram identificadas. O padrão de distribuição das unidades sísmicas condicionam dois modelos evolutivos distintos para área de estudo. A evolução sedimentar ao norte aponta o estabelecimento de ambiente carbonático durante MIS3, maior desenvolvimento dos depósitos transgressivos fluvio-estuarinos e presença do lobo regressivo do Rio Doce. No sul, observa-se domínio de vales incisos com diminuição do preenchimento rumo à plataforma, sugerindo dois momentos distintos de subida do nível do mar. O baixo grau de desenvolvimento das unidades no entorno dos vales incisos sugere preenchimento mais restrito aos canais fluviais, no qual evidencia aporte limitado durante a transgressão. Após o afogamento da plataforma, a sedimentação carbonática dominou a plataforma externa, com maior grau de desenvolvimento ao sul. A diferença da evolução entre norte e sul provavelmente foi condicionada pela fisiografia do continente e da plataforma continental e pela variação do aporte sedimentar pretérito e atual. O delta submerso apresentou feição alongada semelhante aos principais sistemas fluviais do mundo, evidenciando transporte sedimentar longitudinal significativo e composição se- dimentar fina. De fato, a atuação da pluma sedimentar indica transporte preferencialmente para o norte e o delta emerso apresenta curvatura sigmóide sendo composto por sedimentos lamo-arenosos terrígenos. Dois depocentros e duas subunidades sísmicas distintas foram observados no prodelta e associados com alteração na posição da foz fluvial. O mapeamento do delta submerso é importante como balizador da área de potencial impacto da lama de rejeitos de mineração que alcançou a foz do Rio Doce em 22 de novembro de 2015 e se espalhou por uma ampla área da plataforma continental. Falhas geológicas foram reconhecidas na plataforma continental, principalmente ao longo da isóbata de 42 m, com mesma orientação SSW-NNE de lineamentos no continente. A distribuição dos elementos fisiográficos, como feições lobadas, altos e baixos topográficos, canais, escarpas e sulcos erosivos, evidenciam distinção dos processos sedimentares ao longo da plataforma continental. Feições lobadas foram encontradas nos limites da plataforma interna-média e média-externa, indicando aporte sedimentar significativo ao longo da última transgressão. Altos topográficos e escarpas foram interpretados como possíveis paleo-linhas de costa na plataforma média, enquanto a distinção nas alturas dos altos na plataforma externa indica maior desenvolvimento de construções carbonáticas ao norte. Os altos associados aos vales incisos no sul foram interpretados como recifes crescendo em suas margens. Os resultados apontam que a distribuição e a preservação dos ambientes sedimentares instalados na plataforma durante o Pleistoceno Tardio-Holoceno foram condicionados principalmente pelo aporte sedimentar, seja como contribuição direta de sedimentos terrígenos, seja por inibição no estabelecimento de comunidades carbonáticas. A geomorfologia continental também parece ser um indicador importante das características encontradas na plataforma continental.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/9153
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Oceanografia Ambiental
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Oceanografia Ambiental
dc.rightsopen access
dc.subject.cnpqCiências Ambientais
dc.subject.udc55
dc.titleEvolução sedimentar recente ao longo de uma plataforma continental contrastante de sedimentação
dc.typedoctoralThesis
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