Qualidade da alimentação, potencial inflamatório da dieta e resistência à insulina e diabetes mellitus no ELSA-Brasil

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dc.contributor.advisor1Molina, Maria del Carmen Bisi
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-8614-988X
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9238370951122705
dc.contributor.authorAprelini, Carla Moronari de Oliveira
dc.contributor.referee1Guandalini, Valdete Regina
dc.contributor.referee2Faria, Carolina Perim de
dc.contributor.referee3Luft, Vivian Cristine
dc.contributor.referee4Pereira, Marlus Henrique Queiroz
dc.date.accessioned2025-04-10T17:09:05Z
dc.date.available2025-04-10T17:09:05Z
dc.date.issued2025-03-14
dc.description.abstractInsulin resistance (IR) is considered an independent predictor of diabetes mellitus (DM), which is currently a global emergency. Its determinants are complex and include, among other factors, behavioral ones. Chronic subclinical inflammation participates in the pathogenesis of IR and DM through different mechanisms, and there is evidence that diet interferes with these processes. Therefore, this thesis aims to propose a new diet quality index and analyze the association between the inflammatory potential of the diet and the occurrence of IR and DM. The analyses were conducted using data from three waves of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil): baseline (2008-2010), second follow-up (2017-2019), and the Covid wave (2020-2021), and are presented in three articles. Socioeconomic information and lifestyle habits were collected through structured questionnaires, and standardized clinical and physical examinations. The first article developed and validated Food Quality Score (FQS) using a qualitative Food Frequency Questionnaire. Pearson correlation, Principal Component Analysis, and Cronbach's alpha were used to test validity and reliability. Women and older individuals who engaged in more physical activity and had higher income levels exhibited higher FQS, in contrast to those who reported higher alcohol consumption and smoking. Cronbach's alpha coefficient was 0.47. The DQS demonstrated satisfactory validity and reliability and was associated with socioeconomic and lifestyle variables. The second article examined the relationship between the Inflammatory Food Index (IFI) and socioeconomic conditions and lifestyle habits. Multiple Correspondence Analysis and Multinomial Logistic Regression were used, with p < 0.05 considered statistically significant. Groups with more anti- or proinflammatory dietary patterns were expressed in a bidimensional graph. Low-income individuals, smokers, males, sedentary individuals, those diagnosed with obesity and those under 60 years of age were more likely to have a pro-inflammatory diet. The third article evaluated the prospective association between the inflammatory potential of the diet, estimated by the IFI, and the risk of IR and DM. Adjusted Cox regression models were used, considering a bilateral p-value of < 0.05. Incident cases of IR and DM were identified in 19.6% and 10.1% of participants, respectively. Being in the highest quintiles (greater dietary inflammatory potential) at the beginning of the study increased the risk of IR and DM in both sexes. Individuals who maintained a high score across the analyzed periods had a 1.5-fold increased risk for IR (95% CI 1.2-1.9; and 1.2-1.8, for men and women, respectively). These results contribute to a better understanding of the life and health aspects that impact dietary patterns and, consequently, the development of chronic diseases, enabling the improvement of dietary prescriptions focused on the prevention and treatment of IR and DM. Furthermore, the developed IFI allows for the analysis and comparison of the diet across other waves of ELSA-Brasil, contributing to the investigation of associations between eating habits, social determinants, and health outcomes within the context of nutritional epidemiology
dc.description.resumoA resistência à insulina (RI) é considerada um preditor independente da diabetes mellitus (DM), que é, atualmente, uma emergência global. Seus determinantes são complexos e incluem, dentre outros fatores, os comportamentais. A inflamação subclínica crônica participa da patogênese da RI e DM por diferentes mecanismos, e há evidências de que a alimentação interfere nesses processos. Portanto, esta tese tem como objetivo geral propor novo índice de qualidade da dieta e analisar a associação entre o potencial inflamatório da dieta e a ocorrência de RI e DM. As análises foram conduzidas com dados de três ondas do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil): Linha de base (2008-2010), segundo seguimento (2017-2019) e onda-Covid (2020-2021), e apresentadas em três artigos. Informações socioeconômicas e de hábitos de vida foram coletadas por meio de questionários estruturados, e exames clínicos e físicos padronizados. No primeiro artigo foi desenvolvido e validado o Escore de Qualidade da Alimentação (EQA), utilizando um Questionário de Frequência Alimentar qualitativo. Correlação de Pearson, Análise de Componentes Principais e alfa de Cronbach foram utilizados para testar a validade e confiabilidade. Mulheres e indivíduos com mais idade, que realizavam mais atividade física e com maior renda apresentaram maior EQA, ao contrário daqueles que referiram maior consumo de álcool e tabagismo. O coeficiente de alfa de Cronbach foi de 0,47. O EQA apresentou validade e confiabilidade satisfatórias e associou-se a variáveis socioeconômicas e de estilo de vida. No segundo artigo foi estudada a relação entre o Índice de Inflamação da Alimentação (IIA) e condições socioeconômicas e hábitos de vida. Foram utilizadas a Análise de Correspondência Múltipla e a Regressão Logística Multinomial considerando p < 0,05 estatisticamente significativo. Grupos com padrões alimentares mais anti ou pró-inflamatórios foram expressos em gráfico bidimensional. Indivíduos de baixa renda, fumantes, do sexo masculino, sedentários, com diagnóstico de obesidade e idade abaixo de 60 anos apresentaram maiores chances de ter uma dieta pró-inflamatória. No terceiro artigo foi avaliada a associação prospectiva entre o potencial inflamatório da dieta, estimado pelo IIA, e o risco de RI e DM. Modelos ajustados de Regressão de Cox foram utilizados considerando um valor de P bilateral de < 0,05. Identificou-se 19,6% de casos incidentes de RI e 10,1% de DM. Estar nos quintis mais altos (maior potencial inflamatório da dieta) no início do estudo aumentou o risco de RI e DM em ambos os sexos. Indivíduos que sustentaram uma pontuação elevada entre os períodos analisados aumentaram em 1,5 vezes o risco para RI (IC95% 1,2-1,9; e 1,2-1,8, entre homens e mulheres, respectivamente). Esses resultados contribuem para maior compreensão acerca dos aspectos de vida e de saúde que impactam sobre os padrões alimentares, e, consequentemente, no desenvolvimento de doenças crônicas, permitindo o aperfeiçoamento da prescrição dietética com foco na prevenção e no tratamento da RI e DM. Além disso, o EQA desenvolvido possibilita a análise e comparação da dieta com outras ondas do ELSA-Brasil contribuindo para a investigação de associações entre hábitos alimentares, determinantes sociais e desfechos de saúde no contexto da epidemiologia nutricional
dc.description.sponsorshipAgência de fomento
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/19150
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Saúde Coletiva
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.rightsembargoed access
dc.subjectCaracterísticas da população
dc.subjectDoenças crônicas não transmissíveis
dc.subjectResposta inflamatória inata
dc.subject.cnpqSaúde Coletiva
dc.titleQualidade da alimentação, potencial inflamatório da dieta e resistência à insulina e diabetes mellitus no ELSA-Brasil
dc.typedoctoralThesis
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