Norma e contra-norma : um estudo estrutural de representação social sobre monogamia e não-monogamia

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dc.contributor.advisor1Coutinho, Sabrine Mantuan dos Santos
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0003-3939-6594
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7440436610120709
dc.contributor.authorMazzei, Vanessa Santa Rosa
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-3005-9068
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0135434297392664
dc.contributor.referee1Wolter, Rafael Moura Coelho Pecly
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0001-8393-1385
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9193777929003611
dc.contributor.referee2Gomes, Antonio Marcos Tosoli
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0003-4235-9647
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/2550343379671285
dc.date.accessioned2024-09-17T20:24:59Z
dc.date.available2024-09-17T20:24:59Z
dc.date.issued2024-03-13
dc.description.abstractSocieties are permeated with norms and prescriptions that organize them and dictate what can or cannot be done. In the West, more specifically in Brazil, one of the hegemonic norms of social organization is the monogamous norm. Monogamy can be understood as a system of family organization where each person has exclusively one partner. Furthermore, monogamy shapes and delimits intimate and affective relationships, playing a crucial role in the formation and interconnection of social groups. It establishes guidelines for how, when, with whom, and in what way it is acceptable to feel, desire, and love. However, research has already demonstrated that monogamy is not natural even among mammals, showing that this is a socially constructed phenomenon. Currently, the question about monogamy has gained more social space and contributed to the formation of groups and practices that oppose monogamous ideals. The counter-norm phenomenon of non-monogamy constitutes a spectrum of relationship arrangements, ideals and practices that oppose, to some extent, the monogamous norm. With a view supported by the Theory of Social Representations from its structural approach, the present work intended to analyze the social representation of monogamy and non-monogamy for two distinct groups people who recognize themselves as monogamous and people who recognize themselves as non-monogamous and investigate the relationship that the norm and the counter-norm have between them, and between their groups. The research was divided into two complementary studies that used specific techniques from the Central Nucleus Theory. In the first exploratory study, data was collected from a free recall task of 5 words carried out online using GoogleForms with three inductive terms: (1) romantic relationship, 2) non-monogamous relationship, and 3) monogamous relationship), and participated in the collects 189 non-monogamous people and 124 monogamous people. Prototypical analyzes were carried out with the data using the IRAMUTEQ lexical analysis software. The second confirmatory study was carried out with 140 monogamous people and 140 non-monogamous people. The collection was carried out online using GoogleForms. Two centrality and structure confirmation techniques were used, Mise-en-cause and Choix-par-bloc. The results of the studies were analyzed together in the discussion. Such results indicated the non-existence of structured social representation regarding the monogamous relationship object for both monogamous and non-monogamous people. The non-monogamous relationship object presented a structure with confirmed centrality. We conclude that 1) monogamy, represented by the monogamous relationship object, can occupy another place in the hierarchy of the architecture of social thought, being at the ideological level, and not representational; 2) an ideology has the capacity to offer both incentives for its acceptance and internalization and reasons for its rejection and opposition; 3) a non-autonomous SR seems to be able to depend on an antagonistic main SR, and not necessarily on an SR to which it approaches. Furthermore, we highlight the importance of looking carefully at the characteristics of the phenomenon and the groups studied, in addition to the interpretation of the data
dc.description.resumoAs sociedades estão permeadas de normas e prescrições que as organizam e ditam o que pode ou não ser feito. No Ocidente, mais especificamente no Brasil, uma das normas hegemônicas de organização social é a norma monogâmica. A monogamia pode ser compreendida como um sistema de organização familiar no qual cada pessoa possui exclusivamente uma única companheira ou companheiro. Além disso, a monogamia molda e delimita as relações íntimas e afetivas, exercendo um papel crucial na formação e interligação dos grupos sociais. Ela estabelece diretrizes sobre como, quando, com quem e de que maneira é aceitável sentir, desejar e amar. Contudo pesquisas já demonstraram que a monogamia não é natural nem mesmo entre os mamíferos, evidenciando que esse é um fenômeno construído socialmente. Atualmente o questionamento sobre a monogamia tem ganhado mais espaços sociais e contribuído para a formação de grupos e práticas que se opõem aos ideais monogâmicos. O fenômeno contranorma da não monogamia constitui um espectro de arranjos de relações, ideais e práticas que se opõem, em alguma medida, à norma monogâmica. Com um olhar amparado na Teoria das Representações Sociais, a partir da sua abordagem estrutural, o presente trabalho pretendeu analisar a representação social de monogamia e não monogamia para dois grupos distintos pessoas que se reconhecem como monogâmicas e pessoas que se reconhecem como não monogâmicas e investigar a relação que a norma e a contranorma possuem entre elas, e entre seus grupos. A pesquisa foi dividida em dois estudos complementares que utilizaram de técnicas específicas da Teoria do Núcleo Central. No primeiro estudo, exploratório, foi feita coleta de dados a partir de tarefa de evocação livre de cinco palavras, realizada on-line, através do GoogleForms, com três termos indutores: 1) relacionamento romântico; 2) relacionamento não monogâmico; e 3) relacionamento monogâmico; e participaram da coleta 189 pessoas não monogâmicas e 124 pessoas monogâmicas. Com os dados obtidos, foram realizadas análises prototípicas, através do software de análise lexical IRAMUTEQ. O segundo estudo, de caráter confirmatório, foi realizado com 140 pessoas monogâmicas e 140 pessoas não monogâmicas. A coleta foi realizada on-line, através do GoogleForms. Foram utilizadas duas técnicas de confirmação de centralidade e estrutura, Mise-en-cause e Choix-par-bloc. Os resultados dos estudos foram analisados em conjunto na discussão. Tais resultados indicaram a não existência de representação social estruturada sobre o objeto relacionamento monogâmico tanto para pessoas monogâmicas quanto para pessoas não monogâmicas. Já o objeto relacionamento não monogâmico apresentou estrutura com centralidade confirmada. Concluímos que: 1) a monogamia, representada pelo objeto relacionamento monogâmico, pode ocupar outro lugar na hierarquia da arquitetura do pensamento social, estando no nível ideológico, e não representacional; 2) uma ideologia tem a capacidade de oferecer tanto incentivos para sua aceitação e internalização quanto motivos para sua rejeição e oposição; 3) uma RS não autônoma parece poder depender de uma RS principal antagônica, e não necessariamente de uma RS da qual ela se aproxima. Ademais, destacamos a importância de se olhar com atenção para as características do fenômeno e dos grupos estudados, para além da interpretação dos dados
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/17786
dc.languagepor
dc.language.isopt
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Psicologia
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia
dc.rightsopen access
dc.rights.urihttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
dc.subjectRepresentações sociais
dc.subjectMonogamia
dc.subjectNão monogamia
dc.subjectNorma
dc.subjectIdeologia
dc.subjectSocial representations
dc.subjectMonogamy
dc.subjectNon-monogamy
dc.subjectStandard
dc.subjectIdeology
dc.subject.cnpqPsicologia
dc.titleNorma e contra-norma : um estudo estrutural de representação social sobre monogamia e não-monogamia
dc.title.alternativeNorm and counter-norm : a structural study of social representations on monogamy and non-monogamy
dc.typemasterThesis
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