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Bacharelado em Filosofia

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    A dimensão filosófica da educação libertadora de Paulo Freire (1965-1970)
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Cardoso, João Carlos; Bazzan, Marco Rampazzo ; https://orcid.org/0000-0003-1194-8289; http://lattes.cnpq.br/1141684502513379
    Esta monografia investiga a dimensão filosófica da educação libertadora de Paulo Freire entre os anos de 1965 e 1970, com especial atenção ao segundo capítulo da obra Pedagogia do Oprimido. A partir da crítica à educação bancária — caracterizada pela transmissão passiva de conteúdos e pela negação do diálogo , o estudo destaca a proposta freiriana de uma educação problematizadora, pautada na dialogicidade, na práxis e na humanização. Com base em uma abordagem filosófica, política e crítica, a pesquisa busca compreender a relação entre a prática pedagógica e a formação da consciência crítica, articulando a filosofia da linguagem, a ação educativa e o compromisso ético com a transformação social. A fundamentação teórica é composta pelas principais obras de Paulo Freire, como Pedagogia do Oprimido (1980), Educação como Prática da Liberdade (1974), Extensão ou Comunicação? (1988), A Importância do Ato de Ler (1989), Ação Cultural para a Liberdade (1977) e Pedagogia da Esperança (1992), além do diálogo com pensadores como Jean-Paul Sartre, Erich Fromm, Francis Ponge e Álvaro Vieira Pinto entre outros. Esses autores contribuem para aprofundar os conceitos de consciência, linguagem, reificação, necrofilia, biofilia, ação cultural e práxis. O estudo mostra que a pedagogia freiriana, longe de ser apenas um método, constitui uma teoria filosófica e ética de educação. A dimensão humanista presente em sua proposta se opõe aos modelos tecnicistas e empreendedores que objetificam o educando. Freire defende uma educação enraizada na realidade histórica e cultural dos sujeitos, voltada para a autonomia, a criatividade e a emancipação política. A educação libertadora, por meio da conscientização, busca superar estruturas opressoras e promover a democratização real da sociedade. A análise destaca, ainda, a relevância do exílio de Freire no Chile, onde pôde amadurecer suas ideias, expandindo seu pensamento para além do contexto brasileiro. Essa vivência o conduziu à elaboração de uma pedagogia comprometida com a libertação dos povos latino-americanos, reforçando o papel transformador da educação diante das heranças coloniais e autoritárias da região. Por fim, o trabalho conclui que a proposta freiriana representa uma alternativa ética, filosófica e política à educação tradicional, reafirmando o papel do educador como facilitador do diálogo e da reflexão crítica, e do educando como sujeito ativo da aprendizagem. A educação libertadora, enquanto projeto filosófico, revela-se uma via possível para a construção de uma sociedade mais justa, consciente e democrática.
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    A Contradição Freireana em Pedagogia do Oprimido Análise crítica do verbete proposto pelo Dicionário Paulo Freire
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Sarnaglia, Pietro Vieira; Bazzan, Marco Rampazzo ; https://orcid.org/0000-0003-1194-8289; http://lattes.cnpq.br/1141684502513379
    Este trabalho se propõe a analisar e debater o conceito de contradição nos escritos de Paulo Freire, especialmente naqueles elaborados entre os anos de 1965 e 1970. Para isso, consideraremos, inicialmente a obra Pedagogia do oprimido, da qual extrairemos todos trechos em que a expressão contradição aparece de forma explícita, para, então, estudarmos a definição sugerida pelo Dicionário Paulo Freire para o respectivo verbete, cuja autoria é de Luiz Gilberto Kronbauer. Importa-nos identificar as influências que emprestam significado e sugerem função ao termo contradição ao longo das respectivas passagens. Após analisarmos aquelas que entendemos ser as principais influências consideradas por Freire, concentraremos o nosso olhar de modo mais aprofundado na filosofia Louis Althusser para investigarmos o conceito de contradição conforme apresentado pelo filósofo francês e buscaremos, então, relacionar o conteúdo significativo do igual termo na proposta do filósofo brasileiro. Nossa hipótese é a de que o conceito de contradição em Paulo Freire foi significativamente influenciado por autores como Hegel e Kosik, além da própria filosofia althusseriana e que tal influência não está devidamente refletida pela definição vernacular anteriormente citada.
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    O problema do mal na obra O Livre-Arbítrio de Santo Agostinho
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Oliveira, David Mariano de; Santos, Jorge Augusto da Silva; https://orcid.org/0000-0001-6111-1693; http://lattes.cnpq.br/3088783002373165
    Este trabalho apresenta, por meio de uma perspectiva filosófica, a dúvida que levou Agostinho de Hipona a buscar consistentemente a reflexão e a resposta para o problema do mal em sua obra “O livre-arbítrio”. A pergunta inicial da obra: “É Deus o autor do mal?”, inquietou o bispo de Hipona em boa parte de sua vida e é um tema que desafia pessoas em todo o mundo. As reflexões de Agostinho oferecem uma resposta marcante e original sobre o tema do mal. A este grande problema o filósofo trouxe respostas que no passado e ainda hoje são referências. Tais respostas vão na direção de identificar que o mal não possui natureza ontológica, portanto a resposta acerca de sua origem encontra-se no livre-arbítrio e na vontade humana.
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    A significação ascética em Nietzsche a partir de genealogia da moral
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Salvador, Wesley Gambarini; Paula, Wander Andrade de ; https://orcid.org/0000-0002-7552-9844; http://lattes.cnpq.br/9915527652524532
    A expressão de “ideais ascéticos” é de grande importância nas obras de Friedrich Nietzsche. É através de tal conceito que podemos analisar, segundo a sua ótica, toda a histórias da moralidade humana e os hábitos hostis à vida que se são correspondentes. Este trabalho propõe analisar a função desempenhada pelos ideais ascéticos em cada âmbito da cultura, no que diz respeito especialmente à busca por respostas ao problema da existência: arte, filosofia, religião e ciência. A análise se inicia justamente no estudo dos ideais ascéticos em cada um desses âmbitos na obra de Nietzsche, para então, investigar, a partir de intérpretes da obra do filósofo alemão, a contradição existente na prática ascética e a relação dos ideais ascéticos com os conceitos de ressentimento e niilismo.