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Licenciatura em Filosofia
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- ItemA Relação entre Razão e Política nas Reflexões de Edmund Burke(Universidade Federal do Espírito Santo, 2024) Freitas, Lucas Souza; Bazzan, Marco Rampazzo; https://orcid.org/0000-0003-1194-8289; http://lattes.cnpq.br/1141684502513379Nas Reflexões sobre a Revolução na França, Edmund Burke estabelece os princípios que se tornaram os fundamentos do pensamento contrarrevolucionário a partir de um exame acurado da Revolução Francesa. No entanto, diferentemente do que alguns dos seus contemporâneos entenderam, essa disputa travada pelo filósofo irlandês não consiste numa resposta dogmática frente às amplas mudanças incitadas pela Revolução. Pelo contrário, trata-se da abertura de um debate filosófico fundamental sobre distintas concepções da política e os benefícios ou malefícios que podem ser produzidos através da função desempenhada pelo pensamento especulativo nas ações políticas. De acordo com Hörcher (2020, pp. 19-20), nas Reflexões, Burke se empenha em mostrar que tanto os revolucionários franceses quanto seus defensores britânicos têm uma compreensão específica da relação entre razão e política, sendo ela baseada em uma concepção errônea da política e da possibilidade de realização dos ideais filosóficos. Nesse contexto, o problema central que se investigou nesta pesquisa foi: em que medida a crítica de Edmund Burke aos revolucionários franceses desponta como um debate que leva em conta diferentes concepções de política, assim como sua relação com a razão? Para isso, foi assumido como objetivo verificar se é possível entender a crítica de Edmund Burke à Revolução Francesa como um combate ao racionalismo político moderno, que deriva de um entendimento da razão política como razão prática. A fim de alcançar esses objetivos, a metodologia adotada para o estudo consiste em um procedimento bibliográfico, centrado principalmente no estudo da obra Reflexões sobre a Revolução na França, de Edmund Burke, contando especialmente com o auxílio dos estudos desenvolvidos por Moreira (2019), especificamente seu livro A Filosofia Política de Edmund Burke, com ênfase nos capítulos em que trata das concepções de política no pensamento burkeano, e Canavan (1959), que contribui para a apreensão da razão política no interior da filosofia de Burke. Górgias 461-481 Sócrates em diálogo com polo, a retórica como instrumento de poder político
- ItemO dispositivo de racialidade entre Sueli Carneiro e Michel Foucault(Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Monteiro, Mariana Pereira; Bazzan, Marco Rampazzo; https://orcid.org/0000-0003-1194-8289; http://lattes.cnpq.br/1141684502513379Este trabalho investiga o dispositivo de racialidade, conceito desenvolvido por Sueli Carneiro a partir do arcabouço teórico de Michel Foucault, com o objetivo de identificar seus elementos estruturantes: as relações de poder, os saberes e os modos de subjetivação. Desta forma, a pesquisa dialoga com as obras foucaultianas História da Loucura: na Idade Clássica (1961), Vigiar e Punir (1975) e História da Sexualidade I - A vontade de saber (1976), mobilizadas por Carneiro, e busca demonstrar as conexões entre a emergência, na modernidade, de um tipo de poder que atua ontologicamente — moldando funções sociais e características do ser — e os modos historicamente produzidos de subjetivação pelo dispositivo de racialidade. A pesquisa versa também com as teses de Charles Mills, apresentadas em O Contrato Racial (2023), na medida em que Carneiro as mobiliza para fundamentar a noção de racialidade como uma rede heterogênea, produtora de relações de poder. Com a teoria do contrato racial, Carneiro pretende demonstrar que a racialidade é fruto de um processo que tem origem no passado colonial, no qual o colonialismo e o imperialismo europeu instituíram relações raciais hierárquicas, que levaram à construção e naturalização da subalternização da população negra. No contexto pós abolição, o dispositivo se reconfigura, mantendo sua função e atualizando suas estratégias de controle e subalternização, articulando-se com novas formas de legitimação da violência racial, incluindo o direito de matar e deixar morrer, em correspondência com a lógica do biopoder e biopolítica foucaultiana. Por meio de uma abordagem teórico-analítica, o estudo busca compreender: (1) como o dispositivo de racialidade opera como um dispositivo de poder; (2) como ele produz e reproduz saberes; e (3) de que forma gera modos de subjetivação baseados na raça. Conclui-se que o dispositivo de racialidade não apenas sustenta hierarquias raciais, mas também naturaliza e reproduz a subalternização da população negra, reforçando a necessidade de uma desconstrução crítica dessa rede de elementos heterogêneos e das relações de poder-saber que a sustentam, para a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa.
- ItemViolência, engajamento e humanização: Diálogos entre a Pedagogia do Oprimido e Frantz Fanon(Universidade Federal do Espírito Santo, 2025) Santos, Lucas Barcelos; Bazzan, Marco Rampazzo ; https://orcid.org/0000-0003-1194-8289; http://lattes.cnpq.br/1141684502513379Este trabalho busca compreender como se estabeleceu o diálogo teórico entre Paulo Freire e Frantz Fanon, tendo como horizonte apontar a centralidade deste diálogo na constituição da Pedagogia do Oprimido. Assim como o corpo teórico de Fanon foi fundamental para que Paulo Freire desenvolvesse sua concepção acerca do oprimido, ampliasse sua compreensão sobre a noção da violência e ampliasse o papel do engajamento no movimento coletivo de humanização rumo ao ser mais.