Respostas histofisiológicas de Uca maracoani (latreille, 1802-1803) frente à variação hídrica e salina

dc.contributor.advisor-co1Capparelli, Mariana Vellosa
dc.contributor.advisor-co1IDhttps://orcid.org/0000-0002-7517-7623
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6726475882999699
dc.contributor.advisor1Faleiros, Rogério Oliveira
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0003-0459-9957
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3790595531311291
dc.contributor.authorBrandão, Carolina de Farias
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-5135-172X
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8756666090096576
dc.contributor.referee1Augusto, Alessandra da Silva
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0001-7002-9042
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3167813441577674
dc.contributor.referee2Maraschi, Anieli Cristina
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0001-8653-9709
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5896110724916724
dc.date.accessioned2025-09-02T18:30:27Z
dc.date.available2025-09-02T18:30:27Z
dc.date.issued2025-08-13
dc.description.abstractSemi-terrestrial crustaceans, inhabitants of coastal regions such as the fiddler crab Uca maracoani, face recurrent variations in salinity and water availability imposed by the tidal regime, requiring physiological and structural adjustments to maintain the composition of body fluids. The maintenance of osmotic and ionic homeostasis is ensured by differential mechanisms of hyper- (salt uptake) and hypo-regulation (salt secretion) in intertidal species. Accordingly, this study investigated the histophysiological responses of U. maracoani to desiccation and submersion at different salinities (10, 30, and 50 ‰). After being collected from the São Mateus River estuary (ES, Brazil), adult crabs were maintained in the laboratory and subjected to tolerance tests in which the maximum survival time under desiccation or submersion at different salinities was determined. Based on these data and considering the influence of the tidal regime, an experimental exposure time of six hours was established. The animals were assigned to two main groups: control (maintained in a water layer at 10, 30, and 50 ‰) and fully submerged at the same salinities. An additional group was subjected to desiccation for six hours, with animals maintained in a 30 ‰S water layer used as control. Hemolymph osmolality and chloride concentration were measured, with calculations of osmo- and ionoregulatory capacities. The last pair of posterior gills (7º) was histologically analyzed for effects on gill lamella thickness. The results showed longer tolerance to submersion (with no salinity effect), with no mortality up to 240 h, whereas exposure to desiccation resulted in 100% mortality before 120 h. Total osmoregulatory capacity and the isosmotic point varied from 0.11 and 28 ‰S, respectively, under control conditions, to 0.18 and 25.6 ‰S in submerged animals, being considered strong in both cases. On the other hand, total ionoregulatory capacity for chloride ranged from 0.02 in control animals to 0.34 in submerged ones, shifting from very strong to weak ionoregulation. The iso-ionic point for chloride did not vary, remaining at ≈350 mM (≈22 ‰S). Changes in osmo- and ionoregulatory capacities were associated with reduced chloride secretion ability (hypo-ionoregulation) under high salinity. Desiccation led to a significant decrease in hemolymph osmolality and shrinkage of gill lamella thickness. In submersion experiments, there was no treatment effect (control vs. submerged), but exposure to high salinity (50 ‰) in both treatments induced thickening of the gill epithelium.Thus, it can be concluded that U. maracoani integrates morphophysiological responses that support its persistence in estuarine environments under recurrent tidal fluctuations, although it shows vulnerability to prolonged aerial exposure and reduced chloride secretion capacity under hypersaline submersion.
dc.description.resumoCrustáceos semiterrestres, habitantes das regiões costeiras, como o caranguejo chama-maré Uca maracoani, enfrentam variações recorrentes na salinidade e na disponibilidade hídrica, impostas pelo regime de marés, exigindo ajustes fisiológicos e estruturais para a manutenção da composição dos fluídos corporais. A manutenção da homeostase osmótica e iônica é assegurada por mecanismos diferenciais de hiper- (captura de sal) e hipo-regulação (secreção de sal) em espécies entremareais. Para tanto, este estudo investigou as respostas histofisiológicas de U. maracaoani frente à dessecação e à submersão em diferentes salinidades (10, 30 e 50 ‰). Após a coleta no estuário do rio São Mateus (ES), caranguejos adultos foram mantidos em laboratório e submetidos a testes de tolerância, nos quais se determinou o tempo máximo de sobrevivência sob dessecação ou submersão em diferentes salinidades. A partir desses dados, e com base na influência do regime de marés, foi definido o tempo experimental de seis horas para exposição dos caranguejos. Os animais foram distribuídos em dois grupos principais: controle (mantidos em lâmina d’água nas salinidades de 10, 30 e 50 ‰) e totalmente submersos nas mesmas salinidades. Um grupo adicional foi submetido à dessecação por seis horas, utilizando como controle animais mantidos em lâmina d'água de 30 ‰S. Foram mensuradas a osmolalidade e a concentração de cloreto da hemolinfa, com cálculo dos poderes osmo- e ionoregulatórios. O último par de brânquias posteriores (7º) foi analisado histologicamente quanto ao efeito na espessura da lamela branquial. Os resultados demonstraram maior tempo de tolerância à submersão (sem efeito de salinidade), sem mortalidade até 240 h, enquanto a exposição à dessecação resultou em 100% de mortalidade antes de 120 h. A capacidade osmorregulatória total e o ponto isosmótico variaram de 0,11 e 28 ‰S, respectivamente, em condição controle, para 0,18 e 25,6 ‰S nos animais mantidos em submersão, sendo considerada forte em ambos os casos. Por outro lado, a capacidade ionorregulatória total para o cloreto variou de 0,02 em animais controle para 0,34 nos animais mantidos em submersão, passando de muito forte para fraca ionorregulação. O ponto iso-iônico para o cloreto não variou, permanecendo em ≈350 mM (≈22 ‰S). As alterações nas capacidades osmo- e ionorregulatórias estão relacionadas à menor capacidade de secreção de cloreto (hipo-ionorregulação) em salinidade elevada. A dessecação promoveu queda significativa da osmolalidade da hemolinfa e retração da espessura da lamela branquial. Em experimentos de submersão, não houve efeito de tratamento (controle x submerso), porém a exposição em salinidade elevada (50 ‰), em ambos tratamentos, induziu espessamento do epitélio branquial. Sendo assim, pode-se concluir que U. maracoani integra respostas morfofisiológicas que favorecem sua permanência em ambientes estuarinos sob a oscilação recorrente das marés, embora apresente vulnerabilidade à exposição aérea prolongada e menor capacidade de secreção de cloreto em condição hipersalina quando submersos.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/20280
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Biologia Animal
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
dc.rightsopen access
dc.subjectOsmorregulação
dc.subjectIonorregulação
dc.subjectDessecação
dc.subject.cnpqZoologia
dc.titleRespostas histofisiológicas de Uca maracoani (latreille, 1802-1803) frente à variação hídrica e salina
dc.typemasterThesis
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