Impacto do surto de febre amarela na ocorrência de primatas em paisagens fragmentadas do Espírito Santo
dc.contributor.advisor-co1 | Moreira, Danielle de Oliveira | |
dc.contributor.advisor1 | Mendes, Sérgio Lucena | |
dc.contributor.author | Gontijo, Nila Rássia Costa | |
dc.contributor.referee1 | Massara, Rodrigo Lima | |
dc.contributor.referee2 | Strier, Karen Barbara | |
dc.date.accessioned | 2019-07-23T02:10:55Z | |
dc.date.available | 2019-07-22 | |
dc.date.available | 2019-07-23T02:10:55Z | |
dc.date.issued | 2019-05-16 | |
dc.description.abstract | Infectious’ diseases are a big health concern worldwide that is triggered by anthropic activities in many of the cases. Among these diseases are the arboviruses caused by arbovirus that can be a big threat to the fauna, also decreasing the free life population. One of the most known diseases that affect wild animal’s population mainly neotropical primates is the yellow fever. During 2017 and 2018 years, the Espírito Santo state was affect by an outbreak of wild yellow fever that recorded several epizooties. So, the present study aims to evaluate the yellow fever outbreak impact on primate populations that inhabit forest fragments in areas covered by different vegetation rates in the highland region state. Active searches were performed at 36 point to verify primate presence after the outbreak also 81 citizens were interviewed closed to the sample area to evaluate their perception to primate presence, before and after the virosis in the area. Following, models were created to estimate occupation probabilities before the outbreak and extinction probabilities after the outbreak, using fragmental areas, functional isolation and yellow fever index as variables. According to the interviews the recent primate population decrease in isolated fragments was 82.5% to Alouatta guariba, 49.1% to Callithrix spp., 25.5% to Callicebus personatus, 23,7% to Sapajus nigritus and 19% to Brachyteles hypoxanthus. The models indicate that the greater functional isolatin of the sample points the lower outbreak occupation probability for all species, except to A. guariba that was not influenced by the studied variables. Generally, isolated fragments present lower gene flow between populations. Considering that variability gene reduction unfavorable the population viability and the species long-term survival in this region, the isolation may have become the species more susceptible to stochastic events such as the recent outbreak. The highly fragmented landscape implications together to other factors may have decreased the primate population occupation unbalancing the populations. Consequently, the fragmentation, isolation and the yellow fever presence may have caused local extinctions in the studied cities, especially to Alouatta guariba that is a highly susceptible specie to the viruses. Therefore, to understand the species response to landscape factors and to stochastic events such as yellow fever, is fundamental to predict future extinctions and population disturbances also to develop conservation measurements consistent to local reality. This work reinforces the importance to preserve large forest fragments more connected to contribute for primate species persistence and viability in few fragments. | |
dc.description.resumo | Doenças infecciosas são motivos de grande preocupação na saúde pública mundial, com sua emergência desencadeada por atividades antrópicas, em muitos casos. Dentre tais doenças estão as arboviroses, causadas por arbovírus e podem representar grande ameaça para a fauna, gerando, inclusive, o declínio de populações em vida livre. Uma das doenças mais conhecidas que atingem populações de animais silvestres, principalmente primatas neotropicais, é a febre amarela. Durante os anos de 2017 e 2018, o estado do Espírito Santo foi atingindo por um surto de febre amarela silvestre que contabilizou vários registros de epizootias. Dessa forma, o presente estudo objetivou estimar o impacto do surto da febre amarela em populações de primatas que habitam fragmentos de mata em áreas com diferentes taxas de cobertura vegetal na região serrana do estado. Realizamos buscas ativas em 36 pontos para verificar a presença de primatas após o surto e 81 entrevistas com moradores próximos aos pontos amostrados para avaliar a percepção em relação à presença desses primatas, antes e após da passagem da virose na região. Em seguida, criamos modelos para estimar as probabilidades de ocupação antes do surto e a probabilidade de extinção após o surto. Utilizamos como variáveis a área do fragmento, o isolamento funcional e o índice de febre amarela. De acordo com as entrevistas, a redução recente de populações de primatas isoladas em fragmentos foi para: Alouatta guariba, em 82,5%; Callithrix spp., 49,1%; Callicebus personatus 25,5%; Sapajus nigritus 23,7%; e Brachyteles hypoxanthus para 19%. Os modelos indicaram que quanto maior o isolamento funcional dos pontos amostrais, menor é a probabilidade de ocupação antes do surto, para todas as espécies, exceto para A. guariba, espécie que não foi influenciada por nenhuma variável estudada. Geralmente, fragmentos isolados possuem um menor fluxo gênico entre as populações. Considerando que a redução da variabilidade genética dificulta a viabilidade das populações e a sobrevivência da espécie em longo prazo na região, o isolamento pode ter tornado as espécies mais suscetíveis a eventos estocásticos, como é o caso do recente surto. As implicações da paisagem altamente fragmentada podem, em conjunto, ter diminuído a ocupação de primatas e deixado as populações em desequilíbrio. Consequentemente, a fragmentação, o isolamento e a presença da febre amarela podem ter causado extinções locais nos municípios estudados, principalmente para Alouatta guariba, espécie altamente sensível à virose. Assim, entender a resposta das espécies a fatores da paisagem e a eventos estocásticos, como o surto de febre amarela, é fundamental para prever futuras extinções ou distúrbios populacionais e, consequentemente, elaborar medidas de conservação coerentes com a realidade local. Este trabalho reforça a importância da manutenção de fragmentos florestais grandes e mais conectados que contribuam com a persistência e viabilidade de espécies de primatas em poucos fragmentos. | |
dc.format | Text | |
dc.identifier.citation | GONTIJO, Nila Rássia Costa. Impacto do surto de febre amarela na ocorrência de primatas em paisagens fragmentadas do Espírito Santo. 2019. 61 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Vitória, 2019. | |
dc.identifier.uri | http://repositorio.ufes.br/handle/10/11369 | |
dc.language | por | |
dc.publisher | Universidade Federal do Espírito Santo | |
dc.publisher.country | BR | |
dc.publisher.course | Mestrado em Biologia Animal | |
dc.publisher.initials | UFES | |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas | |
dc.rights | open access | |
dc.subject | Epizootics | eng |
dc.subject | Epizootias | por |
dc.subject | Local extinction | eng |
dc.subject | Entrevistas | por |
dc.subject | Interviews | eng |
dc.subject | Extinção local | por |
dc.subject | Population reduction | eng |
dc.subject | Redução populacional | por |
dc.subject.br-rjbn | Primata - Espírito Santo (Estado) | |
dc.subject.br-rjbn | Febre amarela | |
dc.subject.br-rjbn | População biológica | |
dc.subject.cnpq | Zoologia | |
dc.subject.udc | 57 | |
dc.title | Impacto do surto de febre amarela na ocorrência de primatas em paisagens fragmentadas do Espírito Santo | |
dc.type | masterThesis |
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