Avaliação da eficácia da claritromicina e da amicacina no tratamento da infecção experimental de camundongos BALB/c pelo Mycobacterium massiliense

dc.contributor.advisor1Palaci, Moisés
dc.contributor.authorColombo, Débora Corona
dc.contributor.referee1Zanini, Marcos Santos
dc.contributor.referee2Pereira, Fausto Edmundo Lima
dc.date.accessioned2016-08-29T15:34:50Z
dc.date.available2016-08-29T15:34:50Z
dc.date.issued2012-08-21
dc.description.abstractNosocomial infections caused by rapidly growing mycobacteria (RGM) have increased significantly in recent years in developed and developing countries. In Brazil, the occurrence of outbreaks due to RGM was reported since last decade. In most cases, a single strain of M. massiliense, named BRA100, was the causative agent. M. massiliense, as well as other species of the group RGM, is resistant to a broad-spectrum of antimicrobial agents, which limits the therapeutic options for the treatment of patients. Due to the lack of clinical trials to establish appropriate therapeutic regimens, the current guidelines for the treatment of infections caused by these microorganisms are based on in vitro antimicrobial activities and clinical case reports. However, there are variations in the correlation between the in vitro susceptibility tests results and the therapeutic response observed, which creates a controversy about their use to support the pharmacotherapy of infections by RGM. In this context, we conducted a study to evaluate the activities of clarithromycin and amikacin against M. massiliense in BALB/c mice. The Minimal Inhibitory Concentration (MICs) of clarithromycin and amikacin for the M. massiliense isolate obtained from a nosocomial outbreak that occurred in 2007, were determined by the broth microdilution assay using cation-adjusted Mueller–Hinton. For in vivo tests, BALB/c mice were infected intravenously with 1 X 107 to 2 x 107 CFU/mL of M. massiliense. Treatments with amikacin or clarithromycin lactobionate were initiated one day post-infection. The mice received daily by subcutaneous injection, 0.1 ml of clarithromycin lactobionate (50mg/kg/12h) or 0.1 ml of amikacin (100mg/kg/day) for 14 days. The mice were sacrificed 24 to 48h after administration of the last dose. Spleen and liver were aseptically removed for determination of weight and number of CFU (log10) per organ. Our results demonstrated in vitro activities of clarithromycin and amikacin against the M. massiliense isolate. Treatment of BALB/c mice with clarithromycin prevented the development of hepatosplenomegaly, as well as the formation of granulomatous lesions for 15 days of infection with M. massiliense. Nevertheless, the clarithromycin and even amikacin were not effective, inducing no reduction of the bacterial population of M. massiliense in the organs. The in vitro susceptibility for bacteria isolated from organs of the mice demonstrated that there was no development of inducible resistance to clarithromycin and amikacin during 12 the treatment. In conclusion, there was no correlation between the activities in vitro and in vivo of clarithromycin and amikacin against M. massiliense.eng
dc.description.resumoInfecções nosocomiais causadas por micobactérias de crescimento rápido (MCR) têm aumentado significativamente nos últimos anos em países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil, a ocorrência de surtos de infecções por MCR foi descrita durante a última década e envolveu, na grande maioria dos casos, uma mesma cepa de M. massiliense, denominada BRA100. Essa micobactéria, assim como as demais espécies do grupo MCR, apresenta resistência a um amplo espectro de antimicrobianos, o que limita as opções terapêuticas de tratamento dos pacientes enfermos. Em razão da inexistência de ensaios clínicos que estabeleçam regimes ou esquemas terapêuticos apropriados, as diretrizes atuais para o tratamento das infecções causadas por esses microrganismos são baseadas nas atividades in vitro dos antimicrobianos e em relatos de experiências clínicas de casos. Entretanto, existem variações na correlação entre os resultados dos testes de susceptibilidade in vitro e a resposta clínica terapêutica observada, o que gera uma polêmica acerca do seu uso para fundamentar a terapia medicamentosa das infecções por MCR. Nesse contexto, realizamos este estudo para avaliar a atividade da claritromicina e da amicacina contra Mycobacterium massiliense em camundongos BALB/c infectados. A determinação das concentrações inibitórias mínimas (CIM) da claritromicina e da amicacina para o isolado de M. massiliense, obtido de um surto hospitalar ocorrido em 2007, foi realizada pelo método de microdiluição em caldo Müeller-Hinton. Para os testes in vivo, camundongos BALB/c foram infectados, via intravenosa, com aproximadamente 1-2 x 107 UFC/mL de M. massiliense. O tratamento com amicacina ou com lactobionato de claritromicina teve início um dia após a infecção. Os animais receberam diariamente, via subcutânea, 0,1 mL de lactobionato de claritromicina (50mg/kg/12h), ou 0,1 mL de amicacina (100mg/Kg/dia), durante 14 dias, e foram sacrificados 24h-48h após a administração da última dose. Baço e fígado foram removidos para determinação do peso e contagem do N° de UFC (log10) por órgão. Os nossos resultados demonstraram atividade in vitro da claritromicina e da amicacina contra o isolado de M. massiliense. O tratamento de camundongos BALB/c com claritromicina impediu a evolução da hepatoesplenomegalia, bem como a formação de lesões granulomatosas durante os 15 dias de infecção com M. massiliense. Apesar disso, a claritromicina e mesmo a amicacina não foram eficientes na redução da população bacteriana de M. massiliense nos órgãos. A susceptibilidade in vitro das bactérias isoladas dos órgãos dos camundongos tratados com lactobionato de claritromicina ou com amicacina e dos camundongos controles foi determinada e demonstrou que não houve o desenvolvimento de resistência induzível a esses antimicrobianos durante o tratamento. Em conclusão, não houve correlação entre as atividades in vitro e in vivo da claritromcina e da amicacina contra M. massiliense. PALAVRAS CHAVES: Mycobacterium massiliense, tratamento, camundongos.
dc.formatText
dc.identifier.citationCOLOMBO, Débora Corona. Avaliação da eficácia da claritromicina e da amicacina no tratamento da infecção experimental de camundongos BALB/c pelo Mycobacterium massiliense. 2012. 89 f. Dissertação (Mestrado em Doenças Infecciosas) - Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2012.
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/4549
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Doenças Infecciosas
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas
dc.rightsopen access
dc.subjectMycobacterium massilienseeng
dc.subject.br-rjbnMicobactérias
dc.subject.br-rjbnInfecção hospitalar
dc.subject.br-rjbnAgentes antiinfecciosos
dc.subject.br-rjbnCamundongo
dc.subject.cnpqDoenças Infecciosas e Parasitárias
dc.subject.udc61
dc.titleAvaliação da eficácia da claritromicina e da amicacina no tratamento da infecção experimental de camundongos BALB/c pelo Mycobacterium massiliense
dc.typemasterThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
tese_5814_.pdf
Tamanho:
1.75 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: