A exposição crônica ao mercúrio agrava os efeitos do infarto agudo do miocárdio em ratos

dc.contributor.advisor1Soares, Aurelia Araujo Fernandes
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000000199451909
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5478728158150003
dc.contributor.authorSouza, Keren Alves de
dc.contributor.referee1Campos, Fabiana Vasconcelos
dc.contributor.referee2Langa, Paulina
dc.date.accessioned2024-05-30T00:53:53Z
dc.date.available2024-05-30T00:53:53Z
dc.date.issued2022-07-01
dc.description.abstractEnvironmental contamination has exposed humans to metal agents, including mercury (Hg). Studies suggest that chronic exposure to Hg can affect the cardiovascular system. However, the present study evaluated whether chronic exposure to Hg can increase mortality due to arrythmias in rats underwent Myocardial Infarction (MI). Methods: Male rats (12 weeks old) were divided into four groups: SHAM + Sal, SHAM + Hg, MI + Sal, and MI + Hg. Animals received i.m injections of HgCl2 (1st dose 4.6μg/kg, subsequent dose 0.07μg/kg/day to cover daily loss) or vehicle-saline (Sal) for three weeks. At the end of the third week, the animals were submitted to infarction surgery through of ligation of the anterior descending left coronary artery. SHAMs were submitted the same procedure except to coronary ligation. Electrocardiographic (ECG) recordings were performed 5 minutes before and 20 minutes after surgeries. Number of ventricular extra systoles (VES); duration of ventricular tachycardia (VT) and atrioventricular blocks (AVB) were analyzed. One week after MI, hemodynamic measurements were performed and ponderal data were analyzed. Also, levels of the reactive oxygen species (ROS) superoxide anion (O2-) and nitric oxide (NO) in the cardiac muscle of the animals were performed through fluorescence analyses using Dihydroethidium (DHE) and Diaminofluorescein (DAF), respectively. The protocol was approved by CEUA (20/2018 and 24/2020). The scar size was not different between MI groups. The mortality rate in MI + Hg was 31.82% while MI + Sal was 21.43%. ECG recordings showed an increase in AVB in IM groups (min: SHAM + Sal = 0.00±0.00%; SHAM + Hg = 0.81 ± 0.67%; MI + Sal = 4.35 ± 0.96%*#; MI + Hg = 3.64 ± 0.88%*#; *p < 0.05 vs SHAM + Sal, #p < 0.05 vs SHAM + Hg). Basckó coefficient showed that arrhythmias after MI were aggravated by exposure to Hg (SHAM + Sal = 0.24 ± 0.19; SHAM + Hg = 0.75 ± 0.35; MI + Sal = 2.97 ± 0.30*#; MI + Hg = 4.00 ± 0.21*#+; *p < 0.05 vs SHAM + Sal, #p < 0.05 vs SHAM + Hg, +p<0.05vsMI+Sal). Also, there was strong correlation between mortality and AVB (r=0.7379), VES (r=0.9487), VT (r=0.9487) and Basckó coefficient (r=0,9487). SHAM + Hg group has increased of the systolic blood pressure, however these values were decreased in IM groups (mmHg: SHAM + Sal = 105 ± 2.98; SHAM + Hg = 115±3.71*; MI + Sal = 95.47 ± 3.58*#; MI + Hg = 90.01 ± 2.96*#; *p < 0.05 vs SHAM + Sal, #p < 0.05 vs SHAM + Hg). Left Ventricle end Diastolic Pressure was increased in MI + Sal group (SHAM + Sal = 7.31 ± 1.25; SHAM + Hg = 5.38 ± 1.44; MI + Sal = 15.95 ± 2.84*#; MI + Hg = 9.56 ± 1.38+; *p < 0.05 vs SHAM + Sal, #p<0.05vsSHAM+Hg, +p<0.05vsMI+Sal). dP/dt+ and dP/dt- values, were decreased in IM groups (dP/dt+ in mmHg :SHAM + Sal = 5515±543; SHAM + Hg = 5779 ± 728; MI + Sal = 3623 ± 315*#; MI + Hg = 2782 ± 322*#; dP/dt- in mmHg: SHAM + Sal = -3500 ± 403; SHAM + Hg = -3180 ± 354; MI + Sal = -2248 ± 122*#; MI + Hg = -1833 ± 125*#; *p < 0.05 vs SHAM + Sal, #p < 0.05 vs SHAM + Hg). The heart weight and body weight ratio was increased in IM groups (SHAM + Sal = 2,82 ± 0,04; SHAM + Hg = 2,87 ± 0,12; MI + Sal = 3,83 ± 0,26*#; MI + Hg = 3,73 ± 0,22*#; *p < 0,05 vs SHAM + Sal, #p < 0.05 vs SHAM + Hg) as well as the lung weight and body weight ratio (SHAM + Sal = 5,11 ± 0,19; SHAM + Hg = 4,69 ± 0,17; MI + Sal = 8,97 ± 0,79*#; MI + Hg = 7,50 ± 0,67*#+; *p < 0,05 vs SHAM + Sal, #p < 0.05 vs SHAM + Hg, +p < 0,05 vs MI + Sal). ROS levels were higher in groups that associated exposed to Hg and IM (O2- in a.u: SHAM + Sal = 1.79 ± 1.79; SHAM + Hg = 58.88 ± 6.01; MI + Sal = 171 ± 7.26*#; MI + Hg = 221 ± 12.14*#; NO in a.u: SHAM + Sal = 57,27 ± 8.05; SHAM + Hg = 106 ± 10.97; MI + Sal = 207 ± 8.87*#; MI + Hg = 246 ± 4.54*#+; *p< 0.05 vs SHAM + Sal, #p < 0.05 vs SHAM + Hg, +p< 0.05 vs MI + Sal). Mercury intoxication caused more arrhythmias in infarcted animals, increased ROS and changed pressure parameters. These results suggest a worsening of cardiac events triggered by MI, as well as increased mortality after the injury.
dc.description.resumoIntrodução: A contaminação ambiental tem exposto os seres humanos a agentes metálicos, incluindo o mercúrio (Hg). Estudos sugerem que a exposição crônica ao Hg pode afetar o sistema cardiovascular. O presente estudo avaliou se a exposição crônica ao Hg pode aumentar a mortalidade por arritmias em ratos submetidos a Infarto do Miocárdio (IM). Ratos machos (12 semanas de idade) foram divididos em quatro grupos: SHAM + Salina, SHAM + Hg, IM + Salina e IM + Hg. Os animais receberam injeções i.m de HgCl2 (1ª dose contendo 4,6μg/kg e dose subsequente contendo 0,07μg/kg/dia para cobrir a perda diária) ou veículo (Salina) por três semanas. Ao final da terceira semana, os animais foram submetidos à cirurgia de infarto através da ligadura da artéria coronária esquerda descendente anterior. Os animais SHAM foram submetidos ao mesmo procedimento, exceto para ligadura coronariana. Os registros eletrocardiográficos (ECG) foram realizados 5 minutos antes e 20 minutos após as cirurgias. O número de extrassístoles ventriculares (EV); duração da taquicardia ventricular (TV) e bloqueios atrioventriculares (BAV) foram analisados. Uma semana após o IM, as medidas hemodinâmicas foram realizadas e os dados ponderais foram analisados. Além disso, os níveis das espécies reativas de oxigênio (ROS), ânion superóxido (O2-) e óxido nítrico (NO) no músculo cardíaco dos animais foram realizados através de análises de fluorescência utilizando Dihidroetídio (DHE) e Diaminofluoresceína (DAF), respectivamente. O protocolo foi aprovado pelo CEUA (20/2018 e 24/2020). O tamanho da cicatriz não foi diferente entre os grupos IM. A taxa de mortalidade em IM + Hg foi de 31,82% enquanto IM + Salina foi de 21,43%. Os registros de ECG mostraram um aumento no BAV nos grupos MI (min: SHAM + Salina = 0,00 ± 0,00%; SHAM + Hg = 0,81 ± 0,67%; IM + Salina = 4,35 ± 0,96%*#; IM + Hg = 3,64 ± 0,88% *#; *p <0,05 vs SHAM + Salina, #p <0,05 vs SHAM + Hg). O coeficiente de Basckó mostrou que as arritmias após IM foram agravadas pela exposição ao Hg (SHAM + Salina = 0,24 ± 0,19; SHAM + Hg = 0,75 ± 0,35; IM + Sal = 2,97 ± 0,30*#; IM + Hg = 4,00 ± 0,21*#+; *p <0,05 vs SHAM + Salina, #p <0,05 vs SHAM + Hg, +p <0,05 vs IM + Salina). Além disso, houve forte correlação entre mortalidade e BAV (r=0,7379), EV (r=0,9487), TV (r=0,9487) e coeficiente de Basckó (r=0,9487). O grupo SHAM + Hg apresentou aumento da pressão arterial sistólica, porém esses valores foram diminuídos nos grupos IM (mmHg: SHAM + Sal =105 ± 2,98; SHAM + Hg= 115 ± 3,71*; IM + Salina = 95,47 ± 3,58*#; IM + Hg = 90,01 ± 2,96*#; *p <0,05 vs SHAM + Salina, #p <0,05 vs SHAM + Hg). A pressão diastólica final do ventrículo esquerdo foi aumentada no grupo IM + Salina (SHAM + Salina = 7,31 ± 1,25; SHAM + Hg = 5,38 ± 1,44; IM + Salina =15,95 ± 2,84*#; IM + Hg =9,56 ± 1,38+; *p <0,05 vs SHAM + Salina, #p <0,05 vs SHAM + Hg, +p <0,05 vs IM + Salina). Os valores de dP/dt+ e dP/dt- diminuíram nos grupos IM (dP/dt+ em mmHg: SHAM + Salina = 5515 ± 543; SHAM + Hg = 5779 ± 728; IM + Salina = 3623 ± 315 *#; IM + Hg = 2782 ± 322*#; dP/dt- em mmHg: SHAM + Salina = -3500 ± 403; SHAM + Hg = -3180 ± 354; IM + Salina = -2248 ± 122*#; IM + Hg = -1833 ± 125*#; *p <0,05 vs SHAM + Salina, #p <0,05 vs SHAM + Hg). A razão do peso do coração pelo peso corporal aumentaram nos grupos IM (SHAM + Salina = 2,82 ± 0,04; SHAM + Hg = 2,87 ± 0,12; IM + Salina = 3,83 ± 0,26*#; IM + Hg =3,73 ± 0,22*#; *p <0,05 vs SHAM + Salina, #p <0,05 vs SHAM + Hg), bem como a razão do peso pulmonar pelo peso corporal (SHAM + Salina = 5,11 ± 0,19; SHAM + Hg = 4,69 ± 0,17; IM + Salina = 8,97 ± 0,79*#; IM + Hg = 7,50 ± 0,67*#+; *p <0 ,05 vs SHAM +Salina, #p <0,05 vs SHAM + Hg, +p <0,05 vs IM + Salina). Os níveis de ROS foram maiores nos grupos que se associaram a exposição ao Hg e o IM (O2- em u.a: SHAM + Salina = 1,79 ±1,79; SHAM + Hg = 58,88 ± 6,01; IM + Salina = 171 ± 7,26*#; IM + Hg = 221 ±12,14*#; NO em u.a: SHAM + Salina = 57,27 ± 8,05; SHAM + Hg = 106 ± 10,97; IM + Salina = 207 ± 8,87*#; IM + Hg = 246 ± 4,54*#+; *p <0,05 vs SHAM + Salina, #p <0,05 vs SHAM + Hg, +p <0,05 vs IM + Salina). A intoxicação por mercúrio causou mais arritmias em animais infartados, o que levou a um aumento na mortalidade. Também foi observado um aumento de ERO e alteração dos parâmetros pressóricos. Esses resultados sugerem que a exposição ao mercúrio piora dos eventos cardíacos desencadeados pelo IM.
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/16154
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Bioquímica
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica
dc.rightsopen access
dc.subjectInfarto do miocárdio
dc.subjectArritmia
dc.subjectERO
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqFarmacologia Bioquímica e Molecular
dc.titleA exposição crônica ao mercúrio agrava os efeitos do infarto agudo do miocárdio em ratos
dc.typemasterThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Dissertação Final - Kéren Alves de Souza Bello_alterada - 14.09.2022.pdf
Tamanho:
1.55 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: